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Ficha de projeto

Nome

Lince Ibérico – Reintrodução em Portugal .

Valor de financiamento

787,56 mil € .

Valor executado

787,56 mil € .

Código de operação

POSEUR-03-2215-FC-000004 .

Data de conclusão

05.01.2021 .

Sumário

Com esta candidatura pretendem-se desenvolver 9 ações presentes no Plano de Ação para a Conservação do Lince Ibérico em Portugal que irão decorrer no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico (CNRLI), em Silves, também designado intervenção ex-situ, e na área de reintrodução do Lince Ibérico, no Vale do Guadiana, no Município de Mértola, também designado por intervenções in-situ. Essas ações consistem em: Ex-situ: 1.Manter uma população cativa viável do ponto de vista sanitário, demográfico, genético e comportamental assegurando a manutenção das instalações e equipamentos do CNRLI, bem como as condições humanas, técnicas e financeiras para o seu normal funcionamento; 2.Criar e preparar exemplares de lince-ibérico adequados do ponto de vista comportamental, sanitário e genético para ações de reintrodução: assegurando, no CNRLI, infraestruturas adequadas à produção de linces aptos para a reintrodução e dotando o CNRLI de equipamentos adequados, incluindo audiovisuais para a emissão de imagens em direto e diferido, para a prossecução dos seus fins. In situ: 1.Conservar as condições do ecossistema adequadas ao lince-ibérico: -Promover a qualidade e dimensão do habitat adequado para o lince-ibérico; -Promover níveis adequados das populações de coelho-bravo; -Melhorar a conectividade do habitat adequado para o lince-ibérico; -Melhorar a permeabilidade do habitat adequado para o lince-ibérico. 2.Conservar a população de lince-ibérico: -Detetar e seguir exemplares de lince-ibérico; -Criar condições para o estabelecimento de populações viáveis de lince-ibérico. Para atingir estes objetivos são propostas a seguintes intervenções: I.CNRLI 1.Execução da zona de expansão do CNRLI a)Acessos - O acesso à zona de expansão do CNRLI será feito por um caminho pré-existente, em terra batida, situado a montante do acesso e que dá acesso às quarentenas, que será necessário beneficiar e requalificar, através de reperfilamento da plataforma de circulação, com inclinação para valetas (a executar) e outros trabalhos complementares, em cerca de 700m lineares. Será necessário também executar uma requalificação simples de cerca de 475m lineares dos taludes existentes, em ligação com as valetas em terra a construir. Os 630m de valetas serão servidos de passagens hidráulicas em betão, em cerca de 3,6m e deverão estar ligadas aos PH´s a construir. Será necessário criar um portão independente para veículos de acesso ao perímetro do CNRLI, que permita aceder à zona de expansão, sem circular em vias usadas no dia-a-dia do Centro, seguindo a estrada de terra batida existente até à zona de expansão. Os acessos aos cercados de preparação para reintrodução e à zona de recuperação serão servidos por portões independentes e por um rodilúvio com água de rede e drenagem em esgoto, com tamanho suficiente para garantir a desinfeção total dos rodados de veículos ligeiros 4x4, a executar no acesso em terra batida antes dos portões de acesso independentes. Será também executado um rodilúvio igual, bem como os trabalhos preparatórios à sua execução e funcionamento, na estrada de terra batida de acesso ao portão de entrada para as quarentenas do CNRLI. b)Perímetro da zona de expansão do CNRLI será executado em rede elástica plastificada de 50mm, com um tamanho calculado em 422m lineares. A rede será enterrada a meio metro do solo e terá uma altura acima do solo de 3m. O topo da rede terá uma proteção contra intrusões ou fugas para impedir a entrada de animais no perímetro e tentar evitar a fuga de linces-ibéricos que possam escapar das suas instalações. O perímetro da zona de expansão será servido por 4 portões. c)Cercados de preparação para reintrodução, os 2 cercados de preparação de animais para reintrodução, de cerca de 2000m2 cada, serão contíguos e comunicantes através de 1 corredor com um mínimo de 2,5 m de largura. Serão totalmente fechados por rede e servidos por um contentor que servirá de antecâmara de acesso ao interior do perímetro. As vedações terão 4m de altura e serão fixas ao solo num muro com 800mm de altura, enterrado 600mm, numa distância calculada em 405m lineares. A vedação será constituída por rede elástica plastificada. d)Zona de recuperação de linces-ibéricos feridos, é criar infraestruturas que permitam recuperar até três animais em simultâneo, através da sua instalação em 3 cercados, totalmente fechados por malha com cerca de 80m2, com zona interior em alvenaria de 2,5m por 2,5m. Estes cercados serão servidos por um contentor de 12m, que servirá de clínica e zona de preparação de comida. Todo o complexo será cercado e terá acesso independente dos cercados de preparação de ninhadas para reintrodução, de forma a evitar contaminações cruzadas entre a população cativa e a população de campo. Os animais provenientes do campo e que se encontrem feridos, doentes ou que evidenciem qualquer outro problema, serão aqui instalados até sua recuperação total e subsequente reintrodução, reintegração na população cativa, ou outro destino considerado adequado. e)Equipamento de videovigilância necessário ao funcionamento das novas instalações, bem como a aquisição de cerca de 30 novas câmaras com vista ao melhoramento do sistema de videovigilância dos cercados de reprodução. Esta ação será realizada através da sua inclusão na empreitada, para construção e equipamento das infraestruturas, dos cercados de preparação para reintrodução, da zona de recuperação de animais feridos ou debilitados provenientes do campo e melhoramento do sistema de videovigilância existente nos cercados de reprodução. 2.Execução dos contratos com os proprietários da zona de reintrodução A componente de conservação In Situ prevista na operação, comporta essencialmente ações de gestão de habitat dirigidas à espécie alvo e à sua principal presa, o coelho-bravo, na área prioritária para a reintrodução do lince-ibérico. O habitat do lince-ibérico será melhorado pela promoção do mosaico em áreas de mato, estabelecimento de áreas de refúgio (beneficiação e plantação de bosquetes, instalação de cercados de exclusão de gado) através de: melhoramento das condições da principal população presa, o coelho-bravo, estando previstas atividades relacionadas com construções de abrigos naturais, e.g. marouços, desramas, aproveitamento do material de podas de formação; melhoramento da rede de pontos de água acessíveis para a fauna bravia, através do seu adensamento, melhoramento e condicionamento do acesso aos existentes; melhoramento das condições de abrigo e refúgio térmico, através da implementação de ações de gestão dos matos; compatibilização de atividades existentes no local com a presença desta espécie, mediante investimento em meios/ações seletivos de controlo de predadores, instalação de vedações para gestão de prados e, ainda, dispositivos para exclusão de espécies pecuárias ou espécies cinegéticas de caça maior; aquisição de equipamento técnico de monitorização da fauna bravia, em particular os linces reintroduzidos.

Distribuição geográfica do financiamento

787,56 mil €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

6 concelhos financiados .

  • Silves 393,78 mil € ,
  • Mértola 311,09 mil € ,
  • Alcoutim 23,63 mil € ,
  • Castro Verde 23,63 mil € ,
  • Serpa 23,63 mil € ,
Fonte AD&C, GPP
30.04.2024