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Projeto Portugal 2020

Prevenção e mitigação do risco de derrocadas nas escarpas sobranceiras ao Túnel João Abel de Freitas e na ER 118 - Troço de Ligação à Via Rápida

Ficha de projeto

Nome

Prevenção e mitigação do risco de derrocadas nas escarpas sobranceiras ao Túnel João Abel de Freitas e na ER 118 - Troço de Ligação à Via Rápida .

Valor de financiamento

13,87 milhões € .

Valor executado

13,85 milhões € .

Código de operação

POSEUR-02-1810-FC-000501 .

Data de conclusão

31.12.2023 .

Sumário

A concretização desta operação envolve duas intervenções, cuja localização ocorre em zonas distintas da freguesia de Santa Luzia, no concelho do Funchal, na ilha da Madeira. Uma das intervenções localiza-se na vertente sul da zona da ilha, no vale da Ribeira de João Gomes, por onde serpenteia a estrada regional ER118, a qual desenvolve-se paralelamente à ribeira João Gomes, fazendo a ligação entre a Via Rápida (VR1) e o Campo da Barca, constituindo não só um dos principais acessos à baixa do Funchal, como também uma das principais ligações da cidade do Funchal à Via Rápida (espinha dorsal da rede viária regional) . A outra intervenção localiza-se igualmente na costa sul da ilha, na zona dos Viveiros, na parte superior da escarpa onde foram construídos os emboquilhamentos do lado Este do túnel Dr. João Abel de Freitas da Via Rápida. Este túnel é constituído por três galerias, designadas (de norte para sul) de faixa decrescente, faixa crescente e de ramo de saída para o Funchal. Sucintamente e no que se refere ás duas intervenções a levar a efeito, , temos que: ER118 – Troço de Ligação à Via Rápida Esta intervenção incide sobre um trecho da ER 118 localizado a norte da VR1 entre a Rua D. Ernesto Sena de Oliveira (antiga Estrada do Bom Sucesso) e o emboquilhamento NE do túnel da Pestana Júnior. Nesta zona o vale da ribeira João Gomes é muito encaixado e de vertentes muito abruptas e escarpadas que apresentam cerca de 100 m de altura (acima da estrada) na vertente direita e de 150 m na vertente esquerda. Desde a altura da construção da ER118, na década de 90, os maciços rochosos que constituem ambas as vertentes foram evoluindo, sendo cada vez mais recorrente a queda de blocos rochosos para a via causando impactes significativos na exploração da mesma e pondo em risco a segurança dos seus utilizadores. Este processo de evolução acaba por conduzir ao recuo progressivo da superfície das vertentes e a uma certa imposição de um perfil subvertical nas zonas rochosas. As maiores ocorrências têm estado normalmente associadas a eventos extraordinários, tais como os que se relacionaram com os períodos de elevada pluviosidade (como as “chuvadas” ocorridas em Fevereiro de 2010) ou mais recentemente, com os grandes incêndios que fustigaram a ilha da Madeira e em particular a cidade do Funchal (como o evento ocorrido em Agosto de 2016). Face ao acima exposto, a tipologia de proteção concebida para fazer face a esta queda de blocos rochosos, consiste numa estrutura de betão armado composta por um sistema de pórticos, cujas vigas apoiam num muro betonado contra a encosta, ancorado por pregagens na vertente. A estrutura recebe uma laje de proteção superior, preparada para receber uma camada de solo para absorção de impactos resultantes da eventual queda de blocos. A estrutura concebida, cobre os dois troços paralelos à ribeira, desenvolvendo-se em duas estruturas, deixando a descoberto a passagem em arco sobre a ribeira. Através da participação da arquitetura, com a utilização dos revestimentos cerâmicos, da pintura dos elementos estruturais e com os acertos arquitetónicos, paisagísticos e estruturais, procurou-se obter uma eficaz mitigação do impacto das estruturas na paisagem onde estas se irão inserir, bem como por outro lado procurou-se materializar a importância deste ponto de acesso à cidade do Funchal. Escarpas sobranceiras ao Túnel João Abel de Freitas Como já acima referido, a zona a intervencionar situa-se na parte superior da escarpa onde foram construídas as 3 galerias do lado Este do túnel Dr. João Abel de Freitas da Via Rápida 1 (VR1), na zona dos Viveiros. No topo desta escarpa existem várias plataformas suportadas por muros em pedra seca que se encontram fundados sobre a escoada basáltica e em alguns níveis de brechas sem continuidade. Assim, para além da compartimentação do maciço rochoso, há também a referir a progressiva erosão destes níveis de brechas. Esta erosão é responsável pelo progressivo descalçamento das zonas de fundações dos muros que se encontram fundados nestes níveis. Estas plataformas por sua vez encontravam-se ocupadas por um conjunto de habitações que se encontravam localizadas no bordo da escarpa e que foram severamente afetadas pelos incêndios que fustigaram a cidade do Funchal entre 9 e 11 de agosto de 2016 tendo ficado em condições precárias de estabilidade. A possível instabilização destas edificações comprometia a segurança da VR1, pelo que foi decidido proceder à sua demolição. De acordo com o anteriormente referido, verifica-se que os problemas que afetam a escarpa estão essencialmente relacionados, por um lado, com a individualização e queda de blocos da escoada basáltica e, por outro, com a erosão dos níveis de brechas sobre as quais estão assentes algumas partes dos muros em pedra seca, e que, deste modo, podem levar ao descalçamento de partes das fundações e, consequentemente, ao respetivo colapso. Por forma a proteger este troço da via rápida que dá acesso ao túnel João Abel de Freitas, irão ser realizadas várias intervenções na escarpa. Os trabalhos de reparação iniciar-se-ão com a limpeza total da vegetação e de todos os materiais soltos (lixos, terras, fragmentos e pequenos blocos de rocha) que se encontrem na zona onde os trabalhos irão ser realizados. Após esta limpeza proceder-se-á ao saneamento e demolição parcial dos blocos de rocha que eventualmente se encontrem soltos ou com evidências de se poderem vir a desprender a curto prazo e atingirem a base da escarpa. No caso de se verificar não ser possível sanear algum destes blocos, irá proceder-se à sua pregagem. Para proteção e recalçamento das fundações dos muros de pedra seca, será feita a aplicação de betão projetado. Quanto aos muros de pedra seca, os mesmos serão envolvidos com redes metálicas pregadas ao longo da base e no topo. Estas redes serão reforçadas com cabos de aço colocados na vertical.

Distribuição geográfica do financiamento

13,87 milhões €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

1 concelho financiado .

  • Funchal 13,87 milhões € ,
Fonte AD&C, GPP
29.02.2024