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Ficha de projeto

Nome

PROMOÇÃO E VALORIZAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL .

Valor de financiamento

3,26 milhões € .

Valor executado

3,52 milhões € .

Código de operação

NORTE-05-2316-FEDER-000068 .

Data de conclusão

15.08.2021 .

Sumário

Os Mercados Municipais têm que ser encarados como um dos “espaços – âncora” para a revitalização de centros urbanos e para a modernização da atividade comercial circundante, sendo necessária, para a concretização destes pressupostos, a implementação de lógicas de mudança aos níveis comercial, funcional, dos serviços complementares e da administração e gestão. O Mercado Municipal de Vila Nova de Famalicão também aspira a essa pretensão, a de se tonar um espaço âncora capaz de dinamizar o centro da cidade. Construído na década de 50 do séc. XX, segundo o projeto do Arquiteto Júlio de Brito, trata-se de um edifício de estilo Estado Novo com uma interessante inserção no terreno, pois consegue estabelecer uma ligação entre cotas bem diferentes nesta parte da cidade. Pretende-se uma reabilitação física integral que sirva modelo na atuação, sobretudo, ao edificado da Área de Reabilitação Urbana do centro urbano de Vila Nova de Famalicão, na qual o Mercado Municipal se insere. Inaugurado em 21 de Setembro de 1952, a construção do Mercado Municipal de Vila Nova de Famalicão teve um duplo objetivo: o de descongestionar o antigo Campo da Feira (atual Praça D. Maria II), tornar esse espaço mais agradável e com melhores condições de higiene. Depois de um período áureo, o Mercado Municipal apresenta-se hoje como um espaço obsoleto e sem uma dinâmica capaz de atrair novos e diversificados consumidores. O mercado localiza-se no limite Sul da Praça D. Maria II e desde cedo teve uma grande importância no desenvolvimento da vila, sobretudo pelo fator económico associado à feira, que aqui se situou até meados do século XX. O terrado (Praça) situado a uma cota inferior é delimitado a Nascente pela Avenida Marechal Humberto Delgado e a Sul pela Praça Mouzinho de Albuquerque, transformada nos dias de hoje, num parque de estacionamento ao ar livre. Uma reflexão sobre o futuro do Mercado Municipal de Famalicão deverá ser capaz de projetar uma nova abordagem conceptual e funcional sobre toda a cadeia de produtores locais e outros equipamentos municipais desta natureza, integrando-os nos novos processos de gestão e comunicação em rede. É necessário selecionar as ações concretas a operacionalizar, os seus conteúdos, calendários e promotores, bem como a identificação dos recursos técnicos, financeiros organizacionais necessários. A operação é constituída por uma ação infraestrutural de revitalização do edifício, incluindo o espaço público, e por uma ação imaterial de publicidade, informação e animação. Esta ação visa desenvolver iniciativas de gestão e dinâmica cultural da área urbana, de promoção da atividade económica, de valorização dos espaços e de mobilização da comunidade local. No campo da ação infraestrutural a proposta de intervenção pretende proceder à reabilitação e valorização do carácter arquitetónico do edifício existente e à sua ampliação através da projeção de uma cobertura que cumprirá, por um lado a função de abrigo do terrado (mercado permanente e cíclico) e por outro a função de uma nova frente urbana para a Avenida Marechal Humberto Delgado e Praça Mouzinho de Albuquerque. De acordo com o que foi estabelecido para o programa, o mercado continuará a funcionar no piso 0, compreendendo as seguintes atividades: zona de restauração; esplanada coberta e ao ar livre; zona de venda permanente destinada a talhos, peixarias, frutaria e flores (Mercado Permanente); espaço de cozinha/showcooking; zona polivalente de venda eventual (Mercado cíclico); espaços de arrumos; loja do Mercado; espaço ajardinado; edifício de apoio logístico (instalações sanitárias, balneários para comerciantes, área administrativa, compartimentos técnicos e espaço de armazenamento de resíduos sólidos; No piso superior (piso 1) prevê-se manter as lojas de rua existentes e apenas intervir no torreão para aí se instalar a Loja do Mercado. Relativamente ao espaço público, pretende-se que este comungue do objetivo principal de dinamização desta área da cidade valorizando o comércio tradicional, a animação e a vivência do espaço urbano. Como alavanca neste processo de humanização do tecido urbano desempenham um papel preponderante as funções a instalar no Mercado – cafetarias, gelatarias, restaurante, mercearia, charcutaria, a par da criação de condições de conforto para as atividades tradicionais do mercado – talho, peixaria, comércio de frutas e legumes, florista. O espaço intersticial resultante torna-se fundamental para o conjunto, como zona de respiração do conjunto e, simultaneamente, de permeabilidade para a água no solo. Esta área de recorte quase triangular desenvolve-se ao longo da pala separando o Mercado do edifício de logística situado a nascente. Por outro lado, prolonga-se a partir da área de esplanada ao ar livre, assumindo a dupla função de efeito cénico e de espaço de descanso, permanência e contemplação. A proposta de intervenção nesta área preconiza a instalação de três pátios sucessivos em ripado de madeira que alternam com pequenos trechos de jardim de carater informal e intimista. Pretende-se introduzir o conceito de sistema húmido, pela utilização da charca, de plantas ripícolas e de revestimento ajustadas à presença de humidade. Os pátios em ripado de madeira dotados de mobiliário urbano permitirão a estadia e o descanso aos clientes do mercado. Ao longo da rua do Ferrador prevê-se a criação de uma faixa plantada adjacente à pala do Mercado, fundamental como corta-vento e regulador climático do local. Relativamente à ação imaterial a desenvolver, esta está relacionada com a intenção comunicacional, em conta a nova abordagem que se preconiza no âmbito da reabilitação física e económica para o Mercado Municipal. Atualmente, não existe no Mercado Municipal uma gestão profissional e centralizada da sua Comunicação e Promoção enquanto equipamento coletivo. Assim, está em causa a estruturação de raiz de um serviço de Comunicação, articulado com as orientações de Gestão central e Marketing. Comunicar o Mercado implica considerar múltiplas escalas de impacto da marca. Trata-se de comunicar o Mercado como um espaço emblemático que pode funcionar como um “embaixador” para dar a conhecer e representar Famalicão, além das fronteiras do concelho. O plano de comunicação passará por estabelecer uma identidade e instrumentos base, sobretudo ao nível de: marca e identidade; redes sociais; estacionário; e outros produtos de merchandising.

Beneficiários do financiamento

Distribuição geográfica do financiamento

3,26 milhões €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

1 concelho financiado .

  • Vila Nova de Famalicão 3,26 milhões € ,
Fonte AD&C, GPP
31.07.2024