Projeto Portugal 2020
Reabilitação Energética dos empreendimentos Prof. Carlos Alberto Mota Pinto - Pedroso e Rosa Mota - Canelas
Ficha de projeto
Nome
Reabilitação Energética dos empreendimentos Prof. Carlos Alberto Mota Pinto - Pedroso e Rosa Mota - Canelas .Valor de financiamento
512,09 mil € .Valor executado
500,16 mil € .Código de operação
NORTE-03-1204-FEDER-000057 .Data de conclusão
31.12.2023 .Sumário
A presente operação consiste na realização de obras de reabilitação energética em dois empreendimentos de habitação social - Prof. Carlos Alberto Mota Pinto e Rosa Mota, em Vila Nova de Gaia, e conformam uma intervenção que se enquadra nos princípios do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos, contribuindo especialmente para a prioridade de crescimento sustentável, respondendo aos atuais desafios de transição para uma economia de baixo carbono, focados na utilização mais eficiente dos recursos e na redução de consumos energéticos. Os empreendimentos habitacionais objeto da presente candidatura representam pontos centrais das freguesias e da cidade com um peso significativo na imagem da urbe, pelo que a visível degradação que os edifícios apresentavam contribuía de forma negativa para a qualidade do ambiente, da paisagem envolvente assim como para a vida da comunidade residente e local. No caso concreto dos empreendimentos Prof. Carlos Alberto Mota Pinto e Rosa Mota a construção dos empreendimentos ocorreu entre 1997-1999 e 1999-2001, respetivamente, sendo que os mesmos exibem agora evidências de degradação intermédia, com fissuração dos revestimentos de fachadas e sinais de infiltração de águas pluviais na cobertura e de desadequação aos padrões construtivos atuais, sendo de salientar os aspetos a seguir elencados: - Dentro dos problemas que motivam uma intervenção urgente neste empreendimento, está o surgimento de uma série de patologias construtivas resultantes do natural decorrer do tempo e da resultante deterioração dos materiais do edifício, seja no que toca às coberturas como às fachadas. Face a este cenário, torna-se urgente bloquear o processo de degradação dos elementos construtivos do edifício, sendo de ter presente que a manutenção dos mesmos nas suas atuais condições poderá permitir uma aceleração do processo de deterioração do conjunto, reduzindo de forma exponencial o tempo de vida do património edificado, com um prejuízo avultado para o Município e para os moradores do empreendimento. - As soluções construtivas adotadas e características dos métodos utilizados à época, associada às limitações orçamentais da habitação económica, tornam-se cada vez mais distantes dos atuais padrões de qualidade. Consequentemente, estes oferecem condições de conforto térmico longe dos padrões atuais, e constituem, cada vez mais, um fator de agravamento das faturas energéticas dos moradores dos fogos integrados neste empreendimento, contribuindo para a sobrecarga nos orçamentos domésticos desta população, já, por si, carenciada, tratando-se, na maior parte dos casos, de situações de idosos com fontes de rendimento muito limitadas. Como fatores determinantes no fraco desempenho energético do edifício, destacam-se as soluções de fachada e de cobertura com soluções de isolamento desajustadas dos atuais requisitos mínimos obrigatórios e dos padrões de conforto definidos para a habitação. Esta sobrecarga na fatura energética dos moradores do empreendimento traduz-se diretamente em elevados consumos energéticos e consequentemente no agravamento do impacto deste conjunto edificado sobre meio ambiente. Por outro lado, o défice de qualidade da envolvente térmica destes edifícios potencia uma maior ocorrência de problemas de saúde, na faixa de população mais carenciada, já que estes não possuem, muitas vezes, meios capazes de dar resposta às necessidades de climatização para aquecimento do ambiente e fazer face às temperaturas que se fazem sentir durante toda a época de inverno. - Em termos urbanísticos, pela localização geográfica do empreendimento e visibilidade significativa que apresenta o seu atual estado de envelhecimento e deterioração constitui um fator de desvalorização paisagística do local, sendo fundamental rever a imagem deste conjunto tanto no sentido de beneficiar o seu impacto ao nível desta área da cidade como de revitalização e motivação dos seus habitantes. Considerando o diagnóstico atrás resumido, surge como evidente a necessidade de intervir nestes empreendimentos de forma profunda e abrangente. Assim, propõe-se a execução de obras de reabilitação na totalidade dos edifícios, que se centram fundamentalmente na reabilitação construtiva, beneficiação térmica e revitalização estética de todo o invólucro exterior dos empreendimentos, com soluções que permitam o aumento da durabilidade dos edifícios, prevendo-se os seguintes pontos de intervenção: ? Reabilitação de coberturas - Aplicação de revestimento em painéis de chapa sandwich pré-lacada, ou seja, com isolamento térmico em poliuretano expandido incorporado, em substituição do revestimento exterior em chapas onduladas de fibrocimento por chapas termolacadas, aproveitando a estrutura de suporte existente. Reforço ou colocação de camada de forte isolamento térmico sobre a laje de esteira na cobertura das frações dos últimos pisos. O isolamento das coberturas permitirá reduzir a transferência de calor e corrigir patologias construtivas tais como infiltrações; ? Reabilitação de fachadas – Intervenção nas fachadas dos edifícios, através da reparação de fissuras nas paredes e aplicação de revestimento sintético delgado, armado, sobre isolamento térmico em poliestireno expandido pelo exterior, "Sistema ETICS", nas fachadas dos edifícios. Melhoria substancial ao nível da envolvente, reduzindo a transferência de calor e corrigindo patologias construtivas tais como infiltrações; ? Redução da permeabilidade ao ar de janelas - Encerramento parcial de grelhas de ventilação permanente existentes nos vãos envidraçados exteriores, através da colocação de chapa metálica, fixa pelo lado interior, reduzindo a área de permuta de ar para o valor mínimo legal exigido para garantia das condições de segurança de funcionamento do esquentador instalado na cozinha. Esta medida permite um melhor controlo das trocas térmicas entre interior e exterior, reduzindo as perdas de calor por estes elementos, proporcionando o aumento do conforto térmico e da qualidade da envolvente da habitação, com benefícios elevados na estação de inverno. ? Isolamento térmico dos pavimentos da envolvente exterior e interior – Isolamento térmico da face inferior de pavimentos da envolvente em contacto como o exterior sobre área exterior de acesso à entrada principal dos edifícios e envolvente interior em contacto com espaços não úteis. As medidas de melhoria de eficiência energética a adotar e implementar foram devidamente estudadas, verificando-se sempre a compatibilidade física e arquitetónica de cada uma das soluções com eventuais limitações resultantes da legislação em vigor ou qualquer outro regulamento ou especificação municipal, assegurando ainda as eventuais autorizações da Câmara Municipal, ou qualquer outra entidade, promovendo um correto enquadramento arquitetónico e paisagístico das obras de requalificação urbana.
Beneficiários do financiamento
Beneficiário principal
MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE GAIA
Distribuição geográfica do financiamento
512,09 mil €
Valor de financiamento
Onde foi aplicado o dinheiro
Por concelho
1 concelho financiado .
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Vila Nova de Gaia 512,09 mil € ,