Projeto Portugal 2020

Código de operação Código que identifica cada projeto efetuado com recurso a fundos europeus.

Data de conclusão

Sumário

Uma das preocupações actuais da sociedade é a degradação das condições ambientais e climáticas provocadas pelo aumento sucessivo das emissões de poluentes para o meio ambiente, tendo como resultado imediato o aquecimento global do planeta. O desempenho energético é hoje fundamental na avaliação do desempenho ambiental dos edifícios porque avalia o contributo destes para as alterações climáticas. Reconhecendo a importância desta temática, importa obter um conhecimento dos vectores energéticos usados e da distribuição das energias envolvidas por natureza e fluxos, para definir uma estratégia energética que permita intervir na utilização racional e eficiente da procura da energia útil. Esta noção é particularmente importante já que tem impactos directos no aumento desempenho dos edifícios e na sua estrutura de custos. A referida legislação estabelece também regras claras à necessária manutenção da Qualidade do Ar Interior (QAI). Neste contexto, existem requisitos em termos de conforto térmico, renovação e tratamento de ar que devem ser assegurados em condições de eficiência energética. Tendo em conta que estes objectivos só são assegurados com recurso a sistemas energéticos de climatização e tratamento de ar, a legislação impõe também um correcto funcionamento dos mesmos, apoiado num sistema de manutenção planeado. A presente intervenção que teve como ponto de partida a Certificação Energética diz respeito ao edifício Municipal actualmente em uso pela Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Terras de Bouro (Moimenta) que não apresenta, de todo, as melhores condições de conforto para os seus voluntários que exercem tão nobre missão em prol da comunidade em que estão inseridos. De fato a falta de isolamento térmico não oferece as condições condignas para que passam imensas horas. A simulação dinâmica é uma ferramenta de análise do desempenho energético que permite avaliar quantitativamente, os potenciais consumos de energia do edifício e dos seus sistemas para determinadas condições de utilização e funcionamento dos mesmos, permite ainda, auxiliar a desagregação dos consumos de energia pelas várias utilizações finais (aquecimento, arrefecimento e outros fins). Desta forma, a simulação permite construir um modelo físico que será utilizado para, em condições prevista de funcionamento com base nos valores de referência estabelecidos para os edifícios previstos na Portaria 349-D/2013, calcular o Indicador de Eficiência Energética previsto e o de referência para efeitos de classificação energética. Conforme o RECS, realizou-se uma simulação dinâmica, tendo-se optado pelo programa HAP pelo facto de a tipologia do edifico apresentar grande complexidade. O modelo de simulação, foi construído com base nas plantas, cortes, alçados constantes do projecto de arquitectura. Quando necessário, as considerações adoptadas tiveram por base os elementos fornecidos pelo arquitecto ao longo do estudo em questão. As temperaturas interiores de aquecimento e arrefecimento consideradas na Simulação prevista e de referência são de 20ºC e 25ºC respectivamente. As densidades ocupação que foram utilizadas foram as reais e nos locais onde não havia informação suficiente utilizou-se as nominais descritas no regulamento anterior no anexo XV do RSECE. No que respeita à densidade de iluminação, foi efectuada em função da potência a instalada em cada espaço.