Projeto Portugal 2020

Código de operação Código que identifica cada projeto efetuado com recurso a fundos europeus.

Data de conclusão

Sumário

A operação a implementar localiza-se no núcleo urbano de Gavião, no N.º 34 da Rua Dr. Dias Calazans. O edifício e terreno objeto da presente candidatura confinam a Nordeste com a Rua Dr. Dias Calazans, a Norte e Noroeste com as traseiras de um conjunto edificado urbanisticamente consolidado; a Oeste com o Beco das Piscinas; a Sudoeste com a Rua 23 de Novembro; e a Sul / Sudeste com o terreno afeto à Piscina Municipal com a continuação da Rua 23 de Novembro. Encontra-se prevista a criação de um novo arruamento, pedonal, que fará a ligação entre a Rua Dr. Dias Calazans e a Rua 23 de Novembro e que se assumirá como novo o limite este / sudeste da área de intervenção. No referido N.º 34 da Rua Dr. Dias Calazans existe a denominada Casa do João Ascensão, um edifício de volumetria simples, mas de proporções perfeitas, recuado em relação à frente da rua, enquadrado por um jardim formal fronteiro, estabelecido numa plataforma ligeiramente elevada em relação à cota altimétrica da rua. O conjunto apresenta algumas características apalaçadas, apesar da reduzida dimensão do corpo principal da casa. É de 1937, tendo, portanto, uma idade superior a 30 anos, encontra-se devoluto desde a década de 80 e atualmente está bastante degradado. Com a intervenção o Município de Gavião pretende preservar, manter e restaurar todas estas características e pormenores notáveis deste elemento de elevado valor histórico, cultural e turístico. O terreno na envolvente do edifício é, no geral, plano. As fotografias apresentadas em anexo evidenciam o estado atual do edifício a intervir. A operação consiste então na reabilitação e restauro do referido edifício, na sua reconversão num espaço cultural, de lazer e de divulgação de valores locais e regionais, na edificação de edifícios de apoio ao programa funcional desenvolvido para o espaço e no arranjo paisagístico da envolvente do edifício. Em específico, a operação é constituída por três componentes complementares, que se valorizam mutuamente: 1. Restauro e requalificação do edifício principal; 2. Edificação de edifícios de apoio complementares; 3. Arranjo paisagístico da área envolvente ao edifício. No âmbito da primeira componente, serão recuperados e requalificados três pisos (térreo, piso 1 e sótão). No piso térreo surgirá um hall de distribuição, será promovido um posto de turismo, uma sala de apresentação e prova de produtos regionais, um espaço de promoção do artesanato e outros produtos regionais, uma cafetaria/bar com esplanada, instalações sanitárias acessíveis a todos e acessos verticais e ao exterior. No piso 1 serão promovidas salas para a exposição do espólio do Maestro Sílvio Pleno, para outras exposições temporárias e outras funções consideradas relevantes (e.g. realização de workshops) e, também, instalações sanitárias. O sótão será um espaço de arrumos. De notar que a intervenção a promover tem em vista respeitar ao máximo a identidade estética e as memórias do edifício existente. A segunda componente envolverá a construção de quatro edifícios de apoio: uma portaria para o controle de acessos; arrecadação de apoio ao espaço exterior e à cafetaria/bar; posto para primeiros socorros; instalações sanitárias e balneários para o pessoal; balneários acessíveis a todos e compartimentos técnicos (e.g. casa das máquinas). O arranjo paisagístico da área envolvente ao edifício contemplará a requalificação do jardim e muro existentes, a promoção de zonas de estar sombreadas, a construção de rampas de acesso, a construção de um plano de água tipo laguna/lagoa, com uma dimensão de 497m2, com uma zona de jatos de água interiores e exteriores, acessos em rampa e profundidade máxima de 1,6m. Pretende-se que o plano de água seja de associação formal às represas de água existentes nas propriedades agrícolas do Alentejo, criando-se uma bacia hidrográfica natural, e que disponha de margens suaves, de forma a ser completamente acessível a todos (e.g. crianças, idosos, pessoas com mobilidade condicionada). Para isso, a estrutura do plano de água não estará ancorada ao solo, será leve, não invasiva e perfeitamente integrada com o meio ambiente e a paisagem circundante. A tecnologia construtiva e materiais a adotar promovem uma solução que é adequada para diversos territórios, incluindo áreas de importância arqueológica, paisagística, e de interesse natural. A lagoa terá também um sistema de filtração não poluente (eletrólise por sal). O objetivo é criar uma área exterior unificadora do conjunto, na qual se proporcione uma vivência diferenciada, cativante e confortável, principalmente nos meses mais quentes da primavera, verão e outono. Em anexo é possível encontrar informação de maior detalhe em relação a cada uma destas componentes, no projeto de execução. No que a materiais e processos construtivos respeita, importa notar que os selecionados tomam em consideração os objetivos de manutenção do valor patrimonial do edifício, de conforto térmico, de eficiência energética, de utilização de materiais endógenos, de funcionalização e de longevidade da operação e de minimização do impacto ambiental. Pretende-se uma intervenção coerente com o existente, desenvolvendo-se elementos coerentes com a estética tradicional alentejana (e.g. muros, edifícios). De notar ainda neste âmbito que a acessibilidade para todos e a segurança são também centrais na intervenção, notáveis através das infraestruturas acessíveis a todos a desenvolver (ver plano de acessibilidades), do tipo de pavimentos a colocar (com acabamentos antiderrapantes) e do posto de primeiros socorros a criar. Toda a operação observa as normas legais aplicáveis e exigências regulamentares. Neste âmbito importa notar que se encontram por rececionar alguns pareceres, como são exemplo os solicitados ao Instituto Português do Desporto e Juventude e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo. Em anexo é possível encontrar os comprovativos dos pedidos de parecer.