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Ficha de projeto

Nome

REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL .

Valor de financiamento

1,55 milhões € .

Valor executado

1,55 milhões € .

Código de operação

ALT20-04-2316-FEDER-000030 .

Data de conclusão

31.03.2022 .

Sumário

REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DA BIBLIOTECA O atual edifício da Biblioteca Municipal de Grândola é resultado de importantes obras de alteração e ampliação realizadas há mais de 30. À parte a aparente manutenção de duas fachadas (nascente e sul) e de uma muito alterada cobertura inclinada de quatro águas, nenhuma das características morfológicas do edifício original foram, então, mantidas. A incompleta ampliação levada a cabo, a poente, e o seu desenho radicalmente distinto da estrutura original contribuiu suplementarmente para a descaracterização e desqualificação. A sul permaneceu expectante, um terreno pertencente ao cadastro e que atualmente serve de depósito e estacionamento de viaturas da Câmara Municipal de Grândola e dos Bombeiros Voluntários. Neste terreno implantam-se outras edificações, de diferentes origens e naturezas, associadas ao edifício principal. Subsiste, assim, um conjunto desestruturado e inadequadamente dimensionado, desprovido de qualidades arquitetónicas reconhecíveis e incapaz de estabelecer ligações com a malha urbana. Perderam-se os valores que definiam o edifício original sem que, com isso, se tenham acrescentado outros valores arquitetónicos ou construtivos. Por outro lado, as edificações acham-se desatualizadas em vários aspetos, nomeadamente no que diz respeito à acessibilidade, muito condicionada pelo desencontro de lajes existente entre os pisos do edifício principal e os do edifício anexo. Também a eficiência energética e o correspondente custo de exploração são desadequados, de acordo com o atual estado da arte, exigindo a sua reconversão investimentos desproporcionais. É perante este quadro que se reconhece, agora, a oportunidade de requalificar o conjunto edificado, de modo a dotar Grândola de um centro cívico e cultural articulado e coerente, capaz de se constituir como um polo agregador e potenciador da oferta cultural da Vila e do Concelho e de se tornar um lugar de referência na divulgação e acesso à cultura. Para o reconhecimento desta oportunidade contribui, ainda e grandemente, a sua localização privilegiada, no lado poente da Praça da República, centro urbano e parte importante do sistema articulado de espaços públicos da vila. Interessa-nos, por isso, tornar clara, sólida e identificável a presença do edifício na praça e incluir o equipamento no roteiro público, promovendo a continuidade entre os espaços do edifício e a malha urbana. A operação agora suscitada assenta, fundamentalmente, na requalificação dos espaços edificados existentes. A estas operações de requalificação soma-se a necessidade de, pontual e cirurgicamente, se proceder ao acrescento de áreas que vêm oferecer ao conjunto a coesão de que necessita, permitindo a integração de todas as partes num único coerente, articulado e estruturado de forma a dar resposta às necessidades e ambições de um programa desta natureza, nestas circunstâncias. Assim, a operação inclui (i) a requalificação do atual edifício principal, tirando partido dos seus principais lanços estruturais, aqueles que sustentam a geometria ortogonal do conjunto e que se acham em sintonia com a primitiva morfologia; (ii) na requalificação das áreas a poente e das áreas que constituem o seu prolongamento para sul; e (iii) na ocupação, com galerias, dos limites do terreno vazio a sul, fechando o perímetro e criando espaços exteriores de apoio ao edifício, áreas essas que promoverão ainda a desejada continuidade e integração com a Praça da República. Assim, e em conformidade com o acima elencado, proceder-se-á à remoção de elementos não estruturais do edifício principal, permitindo a reconfiguração da distribuição interna por forma a melhor organizar os seus espaços e ligações. Mantém-se a estrutura de betão armado, os limites do edifício e o número de pisos (propondo-se agora, acrescidamente, o completo aproveitamento do último piso, que está atualmente impossibilitado pelo esconso da cobertura). Tal como atualmente ocorre, será neste edifício principal que se concentrarão os espaços que compõem a Biblioteca, havendo ainda a possibilidade de integrar, na cave existente, o um novo depósito e espaços de apoio, públicos e de funcionamento interno. A atual ampliação a poente será igualmente requalificada, sendo aqui necessário, por um lado, reconfigurar as cotas dos pisos, de modo a permitir ligações de nível e, por outro lado, reordenar o desenvolvimento perpendicular ao edifício principal. Este corpo albergará os espaços de apoio e de eventos, que assim ficarão acessíveis a partir do piso térreo. Em continuidade com as operações acima descritas, consolida-se o conjunto com a criação de um páteo (aqui entendido como sala exterior) formado por galerias dispostas nos limites sul e nascente do terreno, desenhando a ligação com a Praça da República e estabelecendo o ponto do principal acesso ao edifício. Neste páteo prevê-se a plantação de uma árvore (ver projeto de Plantações) cuja dimensão e natureza se adequa à escala do espaço e que, em conjunto com a fonte de água proporcionará o justo grau de frescura. REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO ENVOLVENTE A operação visa o resgate das características que construíram a memória física e social deste lugar, de modo a promover a revalorização deste espaço enquanto lugar de encontro e, também, de modo a que esta praça sirva mais objetivamente de enquadramento ao edifício da Biblioteca Municipal de Grândola. Para isso, e desde logo, procede-se à plantação de um palmeiral de acordo com uma nova geometria e passo. Este novo conjunto de 28 palmeiras formará uma colunata regular de 4 alinhamentos de 7 palmeiras, que enquadrará a relação da praça com o edifício da Biblioteca e propiciará uma apreciável sombra, constituindo-se como um importante fator de acerto. As palmeiras irão ser plantadas em caldeiras de aço corten de 150cm de diâmetro e a cada uma corresponderá um foco de pavimento que iluminará a praça durante as horas escuras, proporcionando um ambiente seguro e solene a este espaço. Com esta solução evita-se ainda a proliferação de elementos verticais - no caso, candeeiros - contribuindo-se para a clarificação do espaço. Os atuais candeeiros serão, por isso, removidos. A operação estrutura-se, em todo o caso, a partir do redesenho dos limites da praça, integrando-a no quarteirão da Biblioteca Municipal de Grândola. Para isso procede-se ao corte da circulação automóvel em frente ao edifício, através da anulação do troço aí existente da Rua João Pinto Ribeiro. O novo desenho da praça, agora integrada no desenho do quarteirão, potencia as qualidades espaciais deste lugar, dando-lhe consistência e sentido. Esta regularização do desenho da praça permite repensar e clarificar os limites atualmente incertos das diferentes intervenções anteriormente referidas. Perante esta circunstância, considera-se que deve ser dada continuidade ao desenho dominante dos passeios do quarteirão.

Beneficiários do financiamento

Distribuição geográfica do financiamento

1,55 milhões €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

1 concelho financiado .

  • Grândola 1,55 milhões € ,
Fonte AD&C, GPP
31.07.2024