Projeto Portugal 2020
Intervenções Mondego Mais Seguro – Leito Central do Mondego e Leito Periférico Direito
Ficha de projeto
Nome
Intervenções Mondego Mais Seguro – Leito Central do Mondego e Leito Periférico Direito .Valor de financiamento
1,93 milhões € .Valor executado
1,93 milhões € .Código de operação
POSEUR-02-1810-FC-000524 .Data de conclusão
29.12.2022 .Sumário
1. Reabilitação do Leito e dos diques da margem esquerda do Leito Periférico Direito O Leito Periférico Direito destina-se a coletar as águas de escorrência de encosta da margem direita do Vale do Mondego a jusante de Coimbra e ribeiras existentes e conduzi-las ao Leito Central do rio Mondego, onde desagua cerca de 1 Km a jusante da vila de Montemor-o-Velho. Tem uma extensão total de 28 Km, principiando no aqueduto da ribeira de Coselhas no caminho de ferro, em Coimbra e terminando na sua foz com o Leito Central. Apresenta uma secção de vazão trapezoidal dupla, com dique de proteção contra cheias na margem esquerda, servindo o talude de encosta ou a estrada nacional EN 111 em grande parte do seu desenvolvimento como dique na margem direita. Drena uma bacia hidrográfica de aproximadamente 310 Km 2, onde se estima vivam cerca 90 000 habitantes no concelho de Coimbra e cerca de 13 000 habitantes no concelho de Montemor-o-Velho. Com a cheia de Dezembro de 2019 o Leito Periférico Direito sofreu algumas roturas de que se destaca uma rotura do dique da margem esquerda na zona do Poço da Cal, Montemor-o-Velho, com cerca de 120 m de extensão, que será preciso reabilitar dotando-o com um descarregador fusível. Existem também um troço de dique com cerca de 30m que necessita de ser reabilitado e outros dois pequenos troços de dique, com 15m e 18m de comprimento, que terão de ser reabilitados com a introdução de estruturas de proteção contra a erosão em enrocamento, uma vez que se comprovou serem zonas de risco de galgamento, quando o descarregador de cheias do rio Mondego entra em funcionamento originando um afluxo de água dirigido a estas duas zonas. Verifica-se também que alguns troços os taludes do leito menor devem ser objeto de obras complementares de proteção dado, pelas suas características e localização, serem zonas preferenciais de erosão, conforme se veio na realidade a verificar com a ocorrência da cheia de dezembro de 2019 que afetou igualmente este leito. Torna-se assim necessário realizar uma empreitada com a finalidade de reabilitar os diques da margem esquerda do Leito Periférico Direito e zonas pontuais do leito menor, com vista à introdução de elementos estruturais e não estruturais de proteção que lhes confiram capacidade de resistência contra erosão e assim maior resiliência contra os efeitos das cheias. Por outro lado verifica-se a conveniência de executar obras suplementares de regularização no valeiro do Campeão infraestrutura hidráulica adjacente ao Leito Periférico e que com ele comunica, mediante o rebaixamento do leito e estruturas de proteção dos taludes contra a erosão, de forma a conferir-lhe maior capacidade de escoamento e proteger assim também indiretamente o Leito Periférico Direito e o troço do choupal do canal condutor geral do Aproveitamento Hidráulico do Mondego. 2 – Estrutura de descarga para derivação de água dos campos do Vale Central do Mondego para o Leito Periférico Direito, em Montemor-o-Velho A intervenção engloba a execução dum conjunto de obras de construção civil para a construção de uma estrutura de comportas para derivação de água dos campos para o leito do Periférico Direito, no caso de inundação provocada por cheias, por acumulação de água na zona a montante da confluência deste leito com o Leito Central do Mondego, situação em que aquela fica retida entre diques e sem escoamento total. Situa-se no concelho de Montemor-o-Velho. O escoamento será garantido através de uma estrutura de comportas de maré. Constituída por tubagens em betão armado ligando a vala paralela à estrada de manutenção ao leito menor do Leito Periférico Direito, passando sob a estrada e o dique da margem esquerda e atravessando a plataforma do leito maior, e por estruturas em betão constituindo as bocas de entrada e saída das tubagens. A de montante estará munida de válvulas murais e a de jusante de válvulas de maré. 3 – Substituição da estrutura de comportas da Maria da Mata A intervenção engloba a execução de um conjunto de obras de construção civil imprescindíveis à substituição da estrutura antiga de comportas existente (data de 1944), que se encontra em estado de ruína, em betão armado munida de comportas metálicas, que permitem o controlo do escoamento de água do rio Pranto para o Leito Central do rio Mondego, a montante da sua confluência e das comportas do Alvo existentes no rio Pranto. Situa-se no concelho da Figueira da Foz. É essencial para regulação de águas doces e salgadas no rio Pranto, tendo em linha de conta a atividade agrícola nos campos do Baixo Mondego na zona mais a jusante da margem esquerda e as aquaculturas e salinas na zona estuarina. A obra a implantar no lugar do dique da margem esquerda do Leito Central tem igualmente como função permitir o escoamento de inundações dos campos agrícolas mais a jusante da margem esquerda do Baixo Mondego, já infra - estruturados com a rede de rega e enxugo, e das povoações e estradas aí existentes em caso de cheia e que têm de ser protegidas. Também devido ao controlo e contenção das cheias nos leitos, evita também que as eventuais inundações nos campos se propagem para jusante até atingirem a zona estuarina. 4 - Construção da estrutura terminal de drenagem da margem direita do vale do Mondego, em Lares Na zona terminal de jusante da regularização do Leito Central do Mondego, o dique de proteção contra cheias fecha contra o talude do aterro da linha de caminho de ferro do Oeste, junto à povoação de Lares. Tal situação, embora eficaz no que respeita à contenção de cheias, origina dificuldades de drenagem e que, em caso de cheia e inundação dos campos adjacentes a montante, a água não tenha escoamento para o leito do Mondego, pondo em risco a estabilidade do dique e possibilidade do seu galgamento, do exterior para o interior do leito, situação que já se concretizou aquando da cheia de 2001 com destruição parcial do dique. Para minimizar este problema foram, há cerca de 35 anos, instaladas com carácter provisório duas condutas sob o dique, para assegurar a drenagem dos campos, ligando a vala de enxugo de Lares ao leito do Mondego, mas que são manifestamente insuficientes em caso de cheia e que se encontram em elevado estado de degradação ameaçando ruína. Para solucionar esta questão foi contemplada no Plano do Aproveitamento Hidráulico do Baixo Mondego a construção de uma estrutura terminal de drenagem,constituída por duas tubagens de diâmetro 1.800 mm e duas estrutras de entrada e saída em betão armado, munidas de comportas murais e válvulas de maré.
Beneficiários do financiamento
Beneficiário principal
AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, I.P.
Distribuição geográfica do financiamento
1,93 milhões €
Valor de financiamento
Onde foi aplicado o dinheiro
Por concelho
4 concelhos financiados .
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Coimbra 482,61 mil € ,
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Figueira da Foz 482,61 mil € ,
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Montemor-o-Velho 482,61 mil € ,
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Soure 482,61 mil € ,