Projeto Portugal 2020

Código de operação Código que identifica cada projeto efetuado com recurso a fundos europeus.

Data de conclusão

Sumário

O INESC TEC tem vindo a desenvolver, desde a sua formação, uma atividade continuada no domínio da indústria transformadora. Explorou e criou novos conhecimentos e tecnologias que, quando transferidos e industrializados nas empresas, potenciam inovações diferenciadores ao nível dos seus processos tecnológicos e/ou operatórios, bem como novos produtos e novos serviços de elevado valor acrescentado. Nos últimos anos assiste-se a um aumento da complexidade nos processos de transferência de conhecimento e tecnologias com a necessidade de os endogeneizar, com ciclos de vida muito reduzidos e com elevados níveis de multidisciplinaridade, nunca antes experimentados. Por outro lado, verifica-se que o tecido industrial português, na sua grande maioria, não possui as competências ou a maturidade necessária para uma suave transição para abordagens mais ágeis, com foco no cliente e adequadas ao ambiente digital, facto cada vez mais importante para uma indústria sustentável ao nível económico, social e ambiental. O Laboratório para a Inovação na Indústria (iiLab), a Infraestrutura Tecnológica do INESC TEC para a Transformação Digital das empresas, está localizado no Polo da Asprela e tem por missão facilitar a adoção de tecnologias avançadas de produção através de um ambiente industrial à escala-real orientado à demonstração de resultados de investigação, experimentação e formação avançada. Com esta candidatura, o INESC TEC pretende ampliar o iiLab, de forma atingir os seguintes objetivos: · Desenvolver um espaço de demonstração de conceitos (digitalização, economia circular, produção com foco no cliente) e mostra de tecnologias avançadas de produção (robótica, automação, sistemas ciber-físicos, internet das coisas, sistemas de controlo e gestão industrial baseados em inteligência artificial e grandes quantidades de dados), com aplicação nas várias áreas industriais (desenho e gestão dos sistemas de produção e cadeias de abastecimento, produção, qualidade, manutenção e logística). · Desenvolver um espaço à escala industrial para teste, experimentação, prototipagem e validação de novas tecnologias quer para empresas tecnológicas (start-ups, PMEs, grandes empresas) quer para investigadores, intensificando as atividades de transferência de tecnologia entre o INESC TEC (incluindo as suas associadas UP, IPP, U Minho e UTAD) e o tecido industrial português. · Criar um espaço de formação para gestores-de-topo e quadros superiores de empresas, gerando novas competências e qualificações sobretudo na área da Digitalização e Indústria 4.0 para uma melhor compreensão dos conceitos e de modo a facilitar a adaptação destas tecnologias e metodologias por parte da indústria. · Aumentar a visibilidade, integração e cooperação nacional (nomeadamente com centros tecnológicos e de interface através da rede de laboratórios do iMan Norte hub -Digital Innovation Hub for Customer-Driven Manufacturing @ NORTE) e internacional (EIT Manufacturing, EFFRA, EuRobotics, Projetos Europeus, …). Em termos de espaço físico, o iiLab incluirá uma área industrial com cerca de 800 m2 e ainda uma sala de formação para, pelo menos, 20 formandos. Ficará apetrechado com os equipamentos e outros recursos necessários para funcionar, em forma de show-room, como demonstrador de conceitos e tecnologias avançadas de produção. Assim, pretende-se contribuir para o desenvolvimento do conceito de “digital factory” em que cada parte do processo produtivo é capaz de comunicar com diferentes atores da produção (ex. humanos, maquinaria inteligente, robots, etc.), tirando partido do conceito “Internet das Coisas”. Em resumo, o iiLab será um espaço à escala industrial para o desenvolvimento, experimentação e formação no domínio dos novos processos e tecnologias para sistemas de produção ágeis, isto é, sistemas capazes de responderem rapidamente às necessidades dos clientes e às mudanças do mercado, mantendo elevados padrões de qualidade, custos competitivos e contribuindo para a sustentabilidade ambiental, social e económica. O iiLab é uma estrutura de caráter multidisciplinar que congrega várias unidades de investigação existentes no INESC TEC, que exercem atividade em domínios ligados aos Sistemas Avançados de Produção, como descritos na Estratégia Regional de Especialização Inteligente para a Região Norte (NORTE 2020) e constitui-se como uma learning factory como preconizado no plano nacional para a Indústria 4.0. Além de atuar como integrador de competências já existentes, o iiLab colabora com outras infraestruturas tecnológicas da região NORTE, nomeadamente centros tecnológicos e de interface do iMan Norte Hub, para de forma multiplicadora disseminar as tecnologias da digitalização por todos os setores industriais da região. A ampliação do Laboratório para a Inovação na Indústria (iiLab) colmatará as seguintes falhas no mercado: · Inexistência de espaços de investigação multidisciplinar à escala industrial em sistemas avançados de produção, que permita o desenvolvimento de soluções em colaboração com empresas; · Ausência de espaços onde as empresas, em conjunto com os investigadores, possam experienciar tecnologias de digitalização e processos inovadores e disruptivos de abrangência multidisciplinar utilizando “fábricas” de demonstração, ou seja num ambiente muito próximo do real; · Ausência ou, pelo menos, escassez de espaços de formação com características “hands-on” que permitam fazer a formação avançada em novas tecnologias; · Falta de canais agregadores para a disseminação do conhecimento e experiência na implementação de tecnologias de digitalização. Ultrapassar estas falhas contribuirá para ultrapassar falhas mais estruturais tais como: · Insuficiente capacidade das empresas, em particular das PMEs, para subirem na escala de valor e para produzirem com a eficiência e a flexibilidade necessárias para serem competitivas no mercado global; · Insuficiente preparação das empresas para atuarem num mercado que se está a orientar para a produção “personalizada”, exigindo que cada empresa tenha capacidade para desenvolver sistemas que permitam envolver o cliente no design dos produtos, concebendo e produzindo soluções customizadas num quadro de produção em escala industrial, passando da produção em massa para a personalização em massa; · Reduzido número de empresas com disponibilidade e competências para a produção de bens de equipamento com elevado valor acrescentado (mais funcionalidades; mais eficientes; mais amigos do ambiente; maior interatividade; maior produtividade; maior flexibilidade; melhor configurabilidade; mais facilmente integráveis em outros sistemas; maior capacidade e facilidade para evoluírem); · Insuficiente qualificação dos recursos humanos numa área com graves carências e em constante transformação, exigindo uma atualização constante e uma reconversão/expansão das competências e conhecimentos.