Projeto Portugal 2020

Código de operação Código que identifica cada projeto efetuado com recurso a fundos europeus.

Data de conclusão

Sumário

Este projeto pretende dar respostas a duas questões: a) Optimizar os recursos existentes através de mecanismos expeditos de implementação da prática de 2ª Opinião, da prática do Diagnóstico Sub-especializado e na resolução de situações de 2ª Observação. A 2ª Opinião, ainda pouco praticada, para além de ser um direito dos doentes é, de facto, uma ferramenta profissional que tende a aumentar a racionalidade funcional e, sobretudo, tende a aumentar a eficiência diagnóstica; O Diagnóstico Sub-especializado, de forma diversa, tem um efeito semelhante. É bem sabido que a necessidade de “mínimos” de actividade diagnóstica por patologia, órgão ou metodologia é uma condição necessária a manutenção de níveis elevados de eficiência e qualidade. No caso das áreas com baixa frequência de ocorrência, a solução racional é a de concentrar essas actividades, isto é, Sub-especializar. Para o conseguir é necessária alguma forma de coordenação e a resolução dos problemas logísticos inerentes. Nos casos de 2ª Observação, isto é, nos casos em que o doente transita de hospital, é fundamental que todo o trabalho anterior, no domínio da Anatomia Patológica, fique imediata e integralmente disponível para observação pelos médicos do novo hospital. Sem prejuízo do eventual envio físico dos materiais pertinentes (blocos e lâminas) as imagens das Lâminas Digitalizadas Integralmente (LDI) deverão estar disponíveis para análise tão cedo quanto possível. Desta forma poderão evitar-se gastos inúteis de tempo e de recursos laboratoriais e, eventualmente, contribuir para o estabelecimento de estratégias terapêuticas de forma mais rápida. Qualquer destas actividades terá impactos muito positivos na contribuição que o diagnóstico de Patologia Oncológica proporciona a uma abordagem que é, necessariamente, multidisciplinar, fundamental ao estabelecimento de estratégias terapêuticas eficazes, nomeadamente, no contexto de Consultas de Grupo Oncológicas. b) Criar formas de implementar o Controlo de Qualidade do Diagnóstico em Anatomia Patológica como forma de fazer o sistema tender, continuamente, para uma cada vez maior eficiência e qualidade. A simples criação e implementação de um Programa de Controlo de Qualidade permitirá estabelecer standards e monitorizar a sua evolução de forma objectiva. O seu sucesso acabará por ter efeitos profundos em toda a actividade de diagnóstico Anátomo-patológico, seja ela pública ou privada. Esta necessidade tem um aspecto social particularmente importante. As pressões económicas no sentido da redução de custos não têm tido o necessário contraponto numa avaliação objectiva da qualidade do produto final – o diagnóstico. As consequências desta tendência podem ter consequências sociais muito gravosas, pois é certo que uma menor qualidade de diagnóstico implica, necessariamente, muito maiores custos sociais (e mesmo maiores custos económicos, se as “contas” forem feitas em perímetros mais largos).