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Ficha de projeto

Nome

S4Hort_Soil&Food .

Valor de financiamento

499,23 mil € .

Valor executado

462,01 mil € .

Código de operação

NORTE-01-0145-FEDER-000074 .

Data de conclusão

28.09.2023 .

Sumário

S4Hort_Soil&Food – Sustainable practices for Soil health & horticultural products quality improvement in the Entre Douro e Minho Region Em 2019, Portugal ocupou o 14º lugar entre os estados membros da UE, em termos de área cultivada com culturas hortícolas, com 48,4 mil hectares (considerando legumes frescos e morango), correspondentes a uma produção total superior a 2 milhões de toneladas (Comissão Europeia 2020, INE 2018). No contexto português, a região de Entre o Douro e Minho (EDM) é uma das mais importantes na produção de culturas hortícolas, tanto em campo aberto como em estufa (INE 2002, INE 2017). No entanto, este setor está sujeito a algumas pressões ambientais que resultam por um lado do uso excessivo de fertilizantes e pesticidas, ricos em metais, com comprometimento das funções do solo e dos serviços dos ecossistemas prestados por este recurso ambiental, e por outro lado com a produção de resíduos (e.g. substratos das culturas sem solo em estufa) muitos dos quais ainda sem um destino no final do seu ciclo de vida. Neste contexto, este projeto descreve um conjunto de estratégias para reduzir a pegada ambiental do sector da horticultura e assim contribuir para a sustentabilidade económica e ambiental deste setor, assim como para a segurança alimentar dos produtos produzidos e para o seu valor nutricional, contribuindo deste modo, de forma indireta para a saúde dos consumidores, e para aumentar o número de anos de vida saudável, sobretudo após os 65 anos. Sendo que Portugal é um dos países da Comunidade Europeia em que este parâmetro se encontra mais comprometido. A eco-modernização deste setor e a sua transição para uma agricultura circular através da adoção de novas práticas de proteção dos solos e de valorização de resíduos permite ainda a este setor responder a diversas políticas públicas nacionais e Europeias, com objetivos claramente definidos para as próximas 3 décadas e que visam estimular a adoção da dieta Mediterrânea, um uso eficiente dos recursos, a proteção dos solos, a redução do uso de fertilizantes, a redução das emissões de carbono e o combate às alterações climáticas. Contudo, os produtores/agricultores não conseguem fazer esta transição sozinhos, precisando do suporte de equipas multidisciplinares de diferentes áreas da ciência e da tecnologia capazes de desenvolver soluções integradas e criativas para os problemas, aproveitando também o conhecimento tácito dos produtores hortícolas. Estas mesmas equipas serão também aquelas que terão a capacidade de ajustar os perfis de formação às necessidades do mercado e assim garantir uma especialização dos processos produtivos e transformadores nacionais, e da região norte em particular. Neste contexto surge assim esta operação que irá responder a diferentes desafios societais, domínios da RIS3 e eixos prioritários de ação do PO do Norte (para mais detalhes por favor ver a nota conceptual) focando-se na resposta às pressões sofridas pelo setor hortícola e atuando em diferentes etapas da cadeia de valor: 1) Etapa de produção a) Desenvolvimento, teste, validação e demonstração de métodos (em condições de maior relevância ambiental) de remediação de solos afetados com concentrações elevadas de sais e metais que fazem parte das formulações dos produtos fitofarmacêuticos. Este aspeto é particularmente relevante, dado que a Agenda de Inovação para Agricultura 2030, prevê um aumento substancial da área agrícola em modo produção orgânica e integrado, sendo que o primeiro continua ainda a depender muito do uso de pesticidas inorgânicos à base de cobre que podem contribuir para um input significativo deste metal nos solos. A validação a fazer integra não só aspetos relacionados com as funções do solo como relacionados com a qualidade dos produtos hortícolas produzidos nos solos recuperados. b) Valorização dos substratos orgânicos das culturas sem solo assim como de outros resíduos da produção hortícola. Estes resíduos possuem componentes que podem ser usados para produzir produtos de elevado valor acrescentado. E após a sua valorização podem ainda contribuir para incorporar carbono no solo e para melhorar as propriedades deste recurso. A incorporação de carbono no solo, pelo setor agrícola e da horticultura em particular, irá ainda dar um contributo para o Plano Nacional para o Clima e Energia 2030, que conta com este setor para a redução das emissões de gases com efeitos de estufa. Os produtos de valor acrescentado a extrair dos resíduos da horticultura podem ter múltiplos benefícios e aplicações na indústria alimentar, nutracêutica e cosmética. 2) Etapa do consumo a) Análise da perceção do consumidor relativamente ao binómio saúde do solo e qualidade/segurança alimentar e com base nesse conhecimento desenvolvimento de estratégias de comunicação e de disseminação que visem a promoção de um consumo responsável e sustentável. b) Avaliação da aceitação de produtos provenientes de solos sujeitos a práticas de remediação. Esta abordagem integrada vai ser conseguida reunindo investigadores de diferentes áreas científicas (Ciências do Solo e Avaliação de Risco Ambiental, Química Física Analítica Eletroquímica e Materiais, Fisiologia de Plantas, Ciências Agrárias e Ciências do Consumidor, Valorização de produtos orgânicos e processos de engenharia) de quatro Unidades de Investigação da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, classificados com Excelente, na última avaliação da Fundação para a Ciência e Tecnologia (GreenUPorto; CIQUP, LEPABE e o LSRE-LCM). Através de 5 grupos de tarefas, coordenados pelas diferentes UI, este projeto irá direcionar a sua ação para a resolução dos problemas acima identificados, propondo um conjunto de ações que irão desde o nível TRL2 à TRL5 sendo que algumas irão ser validadas em condições ambientalmente relevantes, em ensaios em modelos de ecossistemas terrestre, conduzidos em condições ambientais. Esta operação terá também um impacto significativo na contratação de emprego científico (11 posições), e na formação de jovens investigadores que irão ter a oportunidade de trabalhar em equipas multidisciplinares e desta forma percecionarem de que forma os problemas complexos que atualmente enfrentamos devem ser abordados. Uma intensa atividade de disseminação e de transferência de conhecimento (pelo 15 publicações científicas, participações em eventos científicos, workshops, notícias nos media, e atividades com escolas) está igualmente prevista, para 3 grupos alvo: os principais stakeholders e utilizadores finais do setor da horticultura, comunidade científica e académica e os jovens do ensino básico e secundário. A valorização dos produtos de valor acrescentado e de métodos de recuperação de solos degradados está também prevista através da submissão de 3 patentes europeias. (Para mais detalhe por favor, consultar a nota conceptual)

Beneficiários do financiamento

Distribuição geográfica do financiamento

499,23 mil €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

1 concelho financiado .

  • Porto 499,23 mil € ,
Fonte AD&C, GPP
31.03.2024