Portal de informação sobre vários temas de gestão dos recursos públicos do Estado Português

Projeto Portugal 2020

Requalificação urbanística do Bairro da Cruz Vermelha (1ª Fase)

Ficha de projeto

Nome

Requalificação urbanística do Bairro da Cruz Vermelha (1ª Fase) .

Valor de financiamento

74,59 mil € .

Valor executado

74,59 mil € .

Código de operação

LISBOA-08-4943-FEDER-000037 .

Data de conclusão

22.09.2017 .

Sumário

A área de intervenção da presente Operação localiza-se a norte do concelho de Cascais, na freguesia de Alcabideche, mais propriamente no Bairro da Cruz Vermelha. Este aglomerado habitacional situa-se nas proximidades do Autódromo do Estoril e do Centro Comercial Cascais Shopping, apoiado na Via Rápida A16, um importante eixo viário de acesso, a norte, ao concelho de Sintra. Está limitado por duas áreas livres, a norte, abrangida pela servidão da Cadeia do Linhó e, a nascente, relativa à Feira da Adroana. A sul é delimitada por uma zona de características industriais. Apresenta algum comércio de pequena dimensão e é servido por alguns equipamentos sociais (Centro Social da Paróquia de Alcabideche com creche e pré-escolar, Lar de Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia, o Centro Local de Apoio ao Imigrante e o Gabinete de Atendimento ao Público da Câmara Municipal de Cascais), educativos (Escola Básica Malangatana), desportivos (2 pequenos espaços desportivos) e de culto (2 Igrejas). É um Bairro de génese ligada ao realojamento social no pós-25 de Abril, servindo como área de instalação das inúmeras famílias retornadas e refugiadas das ex-colónias que viviam noutras áreas do concelho em situações precárias. Com os terrenos da cadeia do Linhó cedidos à Cruz Vermelha Portuguesa, esta promoveu processos de autoconstrução, sem qualquer enquadramento técnico e legal. Este perfil do território manteve-se com a construção posterior de habitações coletivas para os funcionários do Ministério da Justiça que trabalhavam na Cadeia da Linhó, funcionários da Cadeia Central de Lisboa e da Santa Casa da Misericórdia de Cascais e a construção de habitações a custos controlados para as vítimas das cheias de 1983, em Cascais. No final dos anos 1990 promoveu-se nova construção, ao abrigo do Programa Especial de Realojamento (PER). Desta forma, é possível encontrar atualmente uma grande variedade de tipologias de edificado no Bairro, nomeadamente: moradias unifamiliares de autoconstrução; edifícios de habitação coletiva (social); habitações construídas a custos controlados e habitações de venda livre. Trata-se de um conjunto urbano de reduzida qualidade urbanística, com imagem urbana pobre, com carências ao nível de infraestruturas, transportes e acessibilidades. As habitações apresentam má qualidade e, em alguns casos, de degradação significativos. O espaço público é disfuncional e deteriorado, sem elementos marcantes que funcionem como espaços de convívio e sociabilidade dos residentes. A população residente caracteriza-se pela elevada diversidade sociodemográfica, com uma grande variedade de origens/nacionalidades, embora a maioria seja de origem portuguesa e dos países PALOP. Nas habitações de promoção social apenas residem cidadãos não portugueses. Destaca-se, aqui, o facto de a população ser bastante jovem (60% tem idade inferior a 30 anos) e com fortes ligações ao próprio Bairro, pois 65% dos laços afetivos são estabelecidos dentro do bairro e apenas 3,5% fora do concelho de Cascais. A concentração de fenómenos de pobreza e exclusão social, baixos níveis de escolaridade e elevados níveis de desemprego de longa duração, associado a um ambiente urbano degradado são fatores que têm contribuído para a estigmatização e rejeição da população residente do Bairro da Cruz Vermelha ao longo do tempo. A presente Operação tem por objetivo principal a reabilitação de um espaço degradado localizado na zona norte, no quarteirão formado pela Rua de Moçambique, Rua Calouste Gulbenkian e a Rua Pedro Nunes. Ficam aqui dois importantes equipamentos do bairro, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus/Centro Social da Paróquia de Alcabideche e a Escola Básica Malangatana. A presente Operação corresponde à implementação da primeira fase da Operação contratualizada no PEDU com a designação de 3.2.3 Requalificação urbanística da zona sul da Cruz Vermelha. De facto, houve um ajuste da área a intervencionar em relação ao que estava exposto no PEDU (onde estava prevista a requalificação de uma área de 66.000 m2 do espaço público envolvente ao edificado do bairro), tendo-se definido uma primeira fase mais circunscrita correspondente à intervenção num espaço com cerca de 2.000 m2. Esta definição prende-se com a própria evolução do projeto e da atualização do diagnóstico das necessidades mais urgentes neste território. A Operação a implementar no Bairro da Cruz Vermelha corresponde, assim, à intervenção física de reabilitação de um espaço municipal livre e sem utilização através da criação de um espaço verde com diferentes valências. Esta intervenção foi definida tendo em conta as potencialidades que uma área de descanso, lazer e convívio poderá produzir numa zona adjacente a dois importantes equipamentos sociais e, numa escala maior, num Bairro que apresenta fortes carências de espaços verdes equipados. Por outro lado, gera também uma mais-valia ambiental e visual que contribui para a valorização do ambiente do Bairro. A Operação compreende a criação de um jardim com as seguintes diferentes valências: (i) uma zona verde relvada, (ii) uma área de lazer com três componentes (anfiteatro, praça e uma área para a prática do jogo da petanca) e, por último, (iii) uma zona verde de enquadramento composta por vegetação arbórea (privilegiando as árvores e vegetação já existente). A intervenção pretende atuar também ao nível da mobilidade e acessibilidade do espaço de forma a promover a sua utilização em segurança e com fáceis acessos, especialmente em ligação com os equipamentos sociais envolventes. Será, assim, requalificado um percurso pedonal de orientação norte-sul, ligando a Escola Básica Malangatana ao jardim e criado um acesso direto ao campo de jogos da escola, através de novas escadas. Os pavimentos a introduzir (blocos de betão) no jardim e envolvente promovem a mobilidade suave e serão criadas três novas passadeiras, cada uma nos três arruamentos existentes, sendo uma de acesso direto à Igreja do Sagrado Coração de Jesus/Centro Social da Paróquia de Alcabideche. Por último, pretende-se resolver problemas infraestruturais existentes na zona, nomeadamente a drenagem de águas pluviais, a iluminação pública e a sinalização. A descrição das intervenções previstas e os respetivos orçamentos e custos unitários encontram-se devidamente descritos nos documentos que constituem o projeto técnico da intervenção, disponíveis em anexo à presente Operação. Podem destacar-se como principais aspetos das obras de intervenção proposta a demolição integral de fundações existentes no terreno (de antigas instalações desativadas), a demolição de parte do murete de vedação existente, a instalação de tubagem de drenagem de águas pluviais, o assentamento de pavimentos, a recuperação de muros e muretes, o tratamento das árvores e vegetação, a instalação de mobiliário urbano, nomeadamente pilaretes, bancos, mesas, corrimãos e bebedouro, e a instalação de sistemas de rega e rede elétrica.

Beneficiários do financiamento

Distribuição geográfica do financiamento

74,59 mil €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

1 concelho financiado .

  • Cascais 74,59 mil € ,
Fonte AD&C, GPP
31.10.2024