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Ficha de projeto

Nome

Barreiro A - Centralidade Acessível .

Valor de financiamento

636,66 mil € .

Valor executado

636,66 mil € .

Código de operação

LISBOA-08-1406-FEDER-000084 .

Data de conclusão

07.06.2022 .

Sumário

Por reconhecer o contributo da implementação de uma estratégia de requalificação urbana assente na pedonalização do centro da cidade e na adoção de práticas de mobilidade suave que garantam o direito à mobilidade de todos os cidadãos, em particular dos cidadãos com mobilidade reduzida, o município do Barreiro decidiu submeter junto no Balcão 2020 a presente candidatura – Barreiro A – Centralidade Acessível Esta operação, integra a estratégia municipal de reabilitação urbana dos espaços centrais da cidade – lugares que evidenciam no momento presente sinais de abandono e avançado estado de degradação. A área de intervenção, apesar de geograficamente próxima do centro da cidade revela-se desconexa deste, o que se justifica pela inatividade dos dois edifícios em presença, efeitos que nem a proximidade com a estação de caminhos de ferro conseguiu reverter. Neste sentido, este projeto visa firmar uma ligação estreita, fluida, direta e acessível entre o centro da cidade e a Estação Ferroviária do Barreiro A, que se concretiza pela: – Continuidade da Rua Stara Zagora, eixo viário que contacta com o centro da cidade, mas que não se estende até à Estação de caminhos de ferro; – Requalificação do espaço público em torno da estação ferroviária, que introduzirá um desenho urbano atrativo, confortável e inclusivo para o peão. A acessibilidade pedonal à Estação Ferroviária do Barreiro A é hoje fortemente condicionada pelo atravessamento de um corredor férreo privado, que cria um impasse naquele espaço urbano. O acesso à estação não é, por isso, direto e realiza-se por uma via secundária, o que torna o percurso muito pouco atrativo para o potencial utilizador da estação face às distâncias a percorrer. Apesar das inúmeras diligências promovidas pela autarquia, com vista à supressão deste canal dedicado, até ao momento não foi possível assegurar a sua desativação, o que obriga à sua integração no projeto e justifica a introdução de mecanismos que garantam um atravessamento seguro a todos os cidadãos, nomeadamente: – Barreiras automáticas nos canais de atravessamento pedonal, em ambos os sentidos de circulação; – Semaforização e sinalização sonora, beneficiando, esta última, o atravessamento por invisuais. A transposição do canal férreo permitirá conectar a rua Stara Zagora à Estação Ferroviária do Barreiro A, o que o beneficia a acessibilidade pedonal àquela infraestrutura. A proposta define uma plataforma pedonal de nível entre a Estação Ferroviária e a Rua Stara Zagora, que permite o atravessamento viário, mas condiciona-o. Ao delimitar, com recurso a dissuasores, a faixa de circulação automóvel; introduzir pavimentos promotores de maior atrito e ruído e definir uma zona de circulação 30, a proposta está a introduzir soluções que claramente dificultam o acesso a veículos e asseguram uma redução das velocidades praticadas. Pretende-se, assim, reforçar a mobilidade pedonal daquele espaço urbano, ao equiparar a plataforma proposta a uma Praça, transformando-a num novo espaço de fruição pública apetecível ao peão, pela fluidez de circulação que promove e pela qualidade e diversidade dos espaços que cria, nomeadamente: – Percursos nivelados, que beneficiam a mobilidade universal; – Canais de atravessamento pedonais amplos e ponteados por peças de mobiliário urbano que convidam ao repouso; – Espaços de permanência sombreados, por espécies arbóreas similares às existentes na envolvente imediata, como garantia de uma continuidade visual. No entanto, o projeto extrapola a simples supressão das barreiras arquitetónicas no espaço público e, por conseguinte, os requisitos mínimos impostos pela legislação em vigor, ao introduzir os princípios do design inclusivo como garante da universalidade do acesso, que se concretiza por: – Pavimentos nas áreas pedonais contínuos, estáveis e duradouros, o que garante uma caminhada segura, aos que se deslocam com recurso a bengalas ou muletas, e confortável, para os que circulam em cadeiras de rodas e carrinhos de passeio; – Espaços reservados à circulação viária balizados por dissuasores e com revestimentos irregulares e ruidosos, para despertar um estado de alerta e de orientação aos invisuais; – Linhas de orientação táteis e pavimento de alerta nos corredores pedonais, para facilitar a circulação da população invisual; – Mobiliário urbano diversificado e adaptado a diferentes faixas etárias - bancos corridos e outros com encosto, mais confortáveis e apelativos à população idosa; – Inscrições do tipo pictograma no pavimento para sinalizar o atravessamento do canal férreo, com recurso a uma linguagem compreensível por todos, independentemente da idade, nível de instrução ou nacionalidade; – Reserva de áreas de permanência para cadeiras de rodas junto dos bancos sem comprometer a circulação livre e fluida dos demais; – Papeleiras acessíveis a pessoas com mobilidade condicionada e com cinzeiro, em benefício da higienização dos espaços públicos. - Sinalética direcional pedonal e totens informativos, os quais incluem indicações em braille. Face ao exposto, o projeto que se candidata, para além de elegível no âmbito da presente candidatura, enquadra-se na aposta estratégica da AML, que pretende afirmar padrões de mobilidade mais sustentáveis, como especifica o seu Eixo IV – Reforçar a quota de utilização dos modos suaves. Note-se que à semelhança do fixado para este eixo estratégico, o projeto que se candidata gera condições favoráveis ao nível das infraestruturas, por eliminar impasses e assegurar continuidades espaciais cómodas e seguras entre a estação ferroviária e o centro da cidade e dos equipamentos de apoio disponibilizados, que permitem o parqueamento de bicicletas. Ao encontro do definido no PAMUS da AML, o projeto cria as condições de segurança e comodidade necessárias ao reforço da atratividade dos modos ciclável e pedonal nas deslocações quotidianas ao reduzir distâncias a percorrer e introduzir um desenho urbano que beneficia o peão em detrimento do veículo. Para além deste, a intervenção enquadra-se ainda numa das componentes do PEDU do Barreiro – Plano de Mobilidade Urbana Sustentável – PAMUS - que para este eixo de intervenção propõe: “Reforçar a quota de utilização dos modos suaves nas deslocações de curta distância e no acesso ao transporte público, como forma de minimizar a dependência em relação aos modos motorizados, com os subsequentes ganhos energéticos e ambientais.” Confirmado pela descrição aqui apresentada, o projeto que se candidata assume o mesmo propósito - fomentar a mobilidade pedonal nas deslocações quotidianas através da requalificação e expansão da rede pedonal, tonando-a acessível a todos os cidadãos, independentemente das condições de mobilidade, do nível de instrução e da idade de cada transeunte.

Beneficiários do financiamento

Distribuição geográfica do financiamento

636,66 mil €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

1 concelho financiado .

  • Barreiro 636,66 mil € ,
Fonte AD&C, GPP
31.10.2024