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Ficha de projeto

Nome

Villa Romana de Freiria .

Valor de financiamento

128,07 mil € .

Valor executado

128,07 mil € .

Código de operação

LISBOA-04-2114-FEDER-000023 .

Data de conclusão

26.06.2019 .

Sumário

O projeto que se apresenta irá incidir no sítio arqueológico denominado como villa romana de Freiria. Localizada na Freguesia de S. Domingos de Rana, num amplo vale entre as localidades de Outeiro e Polima, junto de uma pequena linha de água, subsidiária da ribeira da Lage, numa área de abundantes recursos hídricos e de elevado potencial agrícola, a villa romana de Freiria foi declarada como Imóvel de Interesse Público em 1990 (Decreto n.º 29/90, DR 1.ª série, n.º 163, de 17/07) e em torno da qual se desenvolveu um Plano de Pormenor, em evolução desde 2006. Trata-se de um local com grande valor histórico-cultural, isolado da malha urbana, com escassa sinalização e pouco divulgado junto do público em geral. Apesar deste desconhecimento, a villa romana de Freiria é tida como uma importante referência do património arqueológico nacional e peninsular que importa preservar e promover. Na época romana, um vasto território agrícola: o agri olisiponenses, conheceu uma profunda transformação quando os dignatários influentes de Lisboa (Olisipo) instalaram no campo as suas propriedades agrícolas latifundiárias: as villae. Freiria foi uma dessas vilas que esteve ativa entre o séc. I e o séc VI. Semelhante a muitas outras que existiriam na região, surpreende, tanto pela dimensão como pelo bom estado de conservação, oferecendo ao visitante a possibilidade única de experienciar o ambiente que se viveria naquele tempo. A sua preservação e divulgação são, por isso, consideradas como um projeto da maior importância e que permitirá criar condições para se tornar num elemento potenciador do interesse pelo interior do concelho e numa referência, como roteiro turístico, para qualquer visitante do concelho de Cascais. O sítio arqueológico de Freiria foi Identificado por Vergílio Correia em 1912 mas os primeiros trabalhos de escavação da villa romana e estudo só foram realizados em 1985, pelos arqueólogos Guilherme Cardoso e José d’Encarnação. Ao longo dos anos, muito foi o conhecimento adquirido sobre este local, contudo, se para o olhar experiente dos arqueológos todas as realidades passadas se reconstituem facilmente, o visitante regular terá alguma dificuldade em apreender toda a riqueza de informação que é possível extrair da visita a esta villa. Este conjunto singular de vestígios arqueológicos precisa de um plano de interpretação e divulgação, para que possa ser livremente visitado e que seja, simultaneamente, polarizador do interesse por modelos de cultura do passado de forma transversal a todos os tipos de público. Em Freiria, com o apoio de um projeto interpretativo e educativo, qualquer visitante ficará apto a caminhar através dos vestígios arqueológicos e distinguir a ocupação da Idade do Ferro do período romano e, neste, distinguir a pars urbana, com a sua imponente casa senhorial, à qual não faltavam as dependências termais, a pars rustica, destinada à habitação dos trabalhadores, e a pars fructuaria, a área privilegiada da produção e onde se destaca o impressionante celeiro. Desta forma, o presente projeto visa criar as condições necessárias para a abertura regular do sítio arqueológico aos visitantes e para a sua integração nos roteiros turísticos regulares ou de organizações científicas e prevê oito intervenções fundamentais: • A substituição da vedação e dos portões de acesso, em todo o perímetro arqueológico, para que se possa salvaguarda eficientemente as ruínas. A colocação de um portão a norte e de outro a sul, permitindo acessos diferenciados e placas de sinalização, na estrada, direcionadas para a estação arqueológica, esteticamente apelativas; • A limpeza do sítio arqueológico e o restauro pontual de algumas das suas estruturas, para que se possam consolidar as ruínas mais degradadas e melhorar a leitura global do conjunto; • A implantação de um circuito pedonal estruturado, que permita oferecer um circuito de visita, didático e com sinalética de informação em português e inglês e o eventual apoio de suportes digitais/aplicações para telemovel, facilitando a realização do percurso de forma autónoma. Iluminação das ruínas; • A criação de uma zona de acolhimento que permita receber grupos de visitantes, dotada de painéis informativos e que funcione como ponto de partida, dando um enquadramento à visita ao local; • A produção de materiais de divulgação e promoção do sítio, assim como de ferramentas pedagógicas para utilizar no contexto escola. • Realização de um programa de animação cultural no local • Realização de 1 congresso internacional • Uma publicação de carácter cientifico Acredita-se que a implementação destas cinco medidas, acompanhadas de um concomitante programa de animação, permitirão criar algum enfoque cultural e turístico sobre a villa romana de Freiria e que este despolete as condições necessárias para o desenvolvimento de projetos de valorização mais ambiciosos e consentâneos com a importância do sítio. Crê-se, igualmente, que a esta intervenção atuará como alavanca catalisadora de novos públicos e forma de capitalizar conhecimento existente, traduzindo-o para uma linguagem acessível a todos.

Beneficiários do financiamento

Distribuição geográfica do financiamento

128,07 mil €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

1 concelho financiado .

  • Cascais 128,07 mil € ,
Fonte AD&C, GPP
31.07.2024