Projeto Portugal 2020
Promoção da Eficiência Energética em Espaços e Equipamentos Desportivos | Piscina de Sesimbra
Ficha de projeto
Nome
Promoção da Eficiência Energética em Espaços e Equipamentos Desportivos | Piscina de Sesimbra .Valor de financiamento
83,62 mil € .Valor executado
83,62 mil € .Código de operação
LISBOA-03-1203-FEDER-000070 .Data de conclusão
03.11.2021 .Sumário
Pretende-se no equipamento desportivo de gestão municipal da Piscina de Sesimbra, implementar um programa de melhoria da eficiência energética deste edifício público muito utilizado pelas populações em atividades de desporto escolar, provas associativas ou eventos recreativos, através de medidas ativas nos sistemas para otimização de consumos e a adoção de novas práticas de utilização quotidiana, mediante a substituição de componentes e implementação de modelos de gestão diária, focados na valorização da eficiência energética e na redução dos consumos primários. A Operação vai promover a substituição de sistemas antigos e desadequados, quer nos espaços públicos quer nos espaços internos, por soluções de menor consumo e de administração inteligente e mais eficiente, como também de climatização e calentura sanitária, com a instalação de soluções de eficiência quanto aos consumos de aquecimento de águas. É dada continuidade à programação desenvolvida pelo Município, na qual se destaca a elaboração do Contrato Único de Fornecimento de Energia no mercado liberalizado para todas as instalações municipais, a elaboração do Plano Concelhio para substituição global das luminárias em iluminação pública, a realização de auditorias energéticas em vários equipamentos a participação em programas de eficiência. O cenário de referência face à política de eficiência energética municipal considerada a caraterização do equipamento municipal de valências desportivas, escolares e de lazer, no que respeita a situações existentes e à perspetiva dos consumos energéticos assumidos, prevendo-se que a implementação das ações previstas na Operação possa sustentar a otimização dos consumos e a redução da fatura final. O edifício apresenta um consumo energético anual de 768.963 kWh e de emissões equivalentes de 160.478,54 KgCO2/kWh e de 88,86 Tep/kWh, o que representam um encargo financeiro de 67.448,00 €. O fornecimento de energia elétrica realiza-se em Baixa Tensão Especial com um ciclo semanal sem feriados, com potência contratada de 55 kW, registando a Auditoria Energética (março 2018) um consumo energético anual de 233.439 kWh e de emissões equivalentes de 84.038,04 KgCO2/kWh e de 50,19 Tep/kWh, o que representam um encargo financeiro de 37.187,00 € com um custo médio energético de 0,1593 €/kWh + IVA, sendo que na simulação e cálculo do IEE previsto e da análise do desempenho do modelo verificou-se que quanto à energia primária, os consumos estavam escalonados entre aquecimento água piscina (29%), aquecimento ambiente (22%), bombas de circulação água piscina (17%), arrefecimento ambiente incluindo desumidificação da nave (14%), iluminação interior (10%), restantes consumos (8%). O complexo desportivo tem ainda associada uma solução solar para fornecimento de energia elétrica, à qual a Auditoria Energética alocou um consumo energético anual de 85.874 kWh e de emissões equivalentes de 0,00 KgCO2/kWh e de 0,00 Tep/kWh, o que não representa encargo financeiro. O edifício utiliza também gás propano para aquecimento ambiente, aquecimento da água da piscina e produção de AQS, fornecido a granel com o depósito a servir, para além do edifico da piscina, duas instalações desportivas anexas com AQS para banhos, sendo considerado por estimativa (falta de contagem separada) que 95% do consumo se destina ao edifício piscina municipal, sendo que a Auditoria Energética constatou que o consumo de gás propano do edifício ascendeu a 449.650 kWh e de emissões equivalentes de 76.440,50 KgCO2/kWh e de 38,67 Tep/kWh, sendo que o fornecimento de gás regista um custo médio de 0,0673 €/kWh + IVA. Considera-se com esta Operação uma efetiva abordagem alinhada com os objetivos do Eco.AP, em função da redução dos consumos de energia primária e da promoção de modelos mais focados na eficiência energética, na iluminação ou na climatização e aquecimento, prevendo-se um conjunto de quatro Medidas de melhoria e identificando-se as oportunidades para otimizar o desempenho energético, aumentar o conforto térmico e instalar sistemas de energias renováveis: . Medida 1. Instalação de caldeira de biomassa. Instalação de uma caldeira a pellets com rendimento 92,3%, minimizando os custos de exploração da substituição da instalação dos geradores de calor a gás propano por geradores de calor a biomassa sólida, como forma de energia renovável, com um ciclo fechado do carbono, constituída essencialmente por lenha e resíduos florestais da indústria . Medida 2. Substituição/instalação de lâmpadas LED. Substituição da atual tecnologia de iluminação, no caso composta maioritariamente por lâmpadas de iodetos metálicos, fluorescente tubular T8, no edifício da Piscina, por tecnologia LED mais eficiente. Com esta medida prevê-se uma redução em 54% da potência instalada. . Medida 3. Instalação sistema solar fotovoltaico. Instalação de um sistema solar fotovoltaico em regime de autoconsumo com ligação à rede de baixa tensão (venda do excedente á rede elétrica), composto por 144 módulos de 270W, que totalizam 38,8kWp, numa cobertura desocupada e ausência de sombreamento, permitindo estimativa de produção anual de energia elétrica de 64.539kWh, 58.209kWh para autoconsumo e 6.330kWh passiveis de remuneração. . Medida 4. Instalação de motor das bombas circuladoras. Substituição direta dos motores acoplados às bombas circuladoras por motores IE3, de eficiência premium, rendimento 88,8% obtendo-se um ganho de 4,6% de eficiência face ao sistema existente de 3 eletrobombas marca Cime Motors, modelo MSL 112M-4, potência nominal unitária 4kW. Face ao investimento total previsto de 221.154,00 €, é considerado como investimento material 214.081,50 € (174.050,00 € + IVA), do qual 194.300,03 € elegível e 19.781,47 € não elegível, registando-se rácios do investimento face às Tep evitadas e às Ton CO2 evitadas para: Energia Primária, quanto ao registo de um ano projetam-se os rácios de 7.660,77 € por Tep e de 1.413,47 € por Ton CO2, enquanto na projeção da evolução pós-Operação entre 2020-2023 são identificados rácios de 1.915,19 € por Tep e de 353,37 € por Ton CO2; Energia Final, para o registo de um ano projetam-se os rácios de 11.149,22 € por Tep e de 2.057,11 € por Ton CO2, enquanto na projeção da evolução pós-Operação entre 2020-2023 são identificados rácios de 2.787,31 € por Tep e de 514,28 € por Ton CO2. Quanto aos custo por Tep evitado revisto para o período utilizado na análise financeira do projeto, no caso de 25 anos, considera-se para: Energia Primária, o rácio de 306,43 € por Tep; Energia Final, o rácio de 445,97 € por Tep. No que respeita ao custo por Ton CO2 evitado igualmente revisto para o período utilizado na análise financeira do projeto, no caso de 25 anos, considera-se para: Energia Primária, o rácio de 56,54 € por Ton CO2; Energia Final, o rácio de 82,28 € por Ton CO2.
Beneficiários do financiamento
Beneficiário principal
MUNICIPIO DE SESIMBRA
Distribuição geográfica do financiamento
83,62 mil €
Valor de financiamento
Onde foi aplicado o dinheiro
Por concelho
1 concelho financiado .
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Sesimbra 83,62 mil € ,