Projeto Portugal 2020

Código de operação Código que identifica cada projeto efetuado com recurso a fundos europeus.

Data de conclusão

Sumário

Reconhecendo a importância que o património de Abrantes, Constância e Sardoal tem enquanto elemento identitário e distintivo destes municípios, o seu interesse comum pela temática e, atendendo aos trabalhos já desenvolvidos pela associação de desenvolvimento local desta área de intervenção neste âmbito - a TAGUS - e a oportunidade que este aviso representa para o desenvolvimento de uma estratégia comum em torno dos recursos patrimoniais culturais, foi definida a presente candidatura em torno da valorização das artes e ofícios do Ribatejo Interior. Trata-se de um projeto apresentado pela TAGUS, enquanto entidade gestora do DLBC, em parceria com os municípios anteriormente referidos, na expectativa de contribuir para a dinamização de um conjunto de atividades de promoção e desenvolvimento do ativo patrimonial com potencial para alavancar a competitividade desta região em termos económicos e turísticos. Uma estratégia de atuação intermunicipal no âmbito da preservação e valorização das artes e ofícios do Ribatejo Interior, levada a cabo por uma equipa multidisciplinar e dinâmica com conhecimentos sólidos sobre o território que conciliará os interesses da entidade que representa com os objetivos da intervenção. Assim, iniciou-se uma reflexão conjunta sobre o tema das artes e ofícios onde se pretende intervir e estruturou-se a intervenção em torno de 4 eixos principais, tais como: a preservação, a requalificação, a experiência turística e a promoção. No que concerne a preservação, há um levantamento histórico das artes e ofícios do Ribatejo interior, a identificação dos artesãos em atividade e seleção daqueles que possam estar interessados ou com potencial para participar neste projeto de valorização da identidade e cultura local que será feito numa fase inicial. A requalificação, por sua vez, integrará duas perspetivas: a formação, por um lado, que será dada a novos artesãos para que possam dar continuidade ao saber fazer preservando a identidade local e a que será necessária ministrar junto dos artesãos que ainda exercem a sua atividade no território, para que possam adquirir conhecimentos em áreas que não dominam e que são essenciais para acompanhar as tendências de mercado atuais; e, por outro lado, a dinamização de oficinas criativas que contribuam para o aparecimento de novos produtos feitos à mão, que não desvirtuem a identidade do Ribatejo Interior mas, pelo contrário, a potenciem. Na sequência deste trabalho espera-se estruturar, também, o território em torno de núcleos museológicos e espaços de artes e ofícios de modo a criar um percurso turístico, que permita ao visitante conhecer como são confecionados os produtos, qual o seu enquadramento, e dando-lhe ainda a possibilidade de experienciar, caso seja essa a sua vontade, as técnicas pelas suas próprias mãos produzindo uma peça, potenciando-se desta forma segmentos de turismo criativo e nanoturismo e complementando a oferta dos produtos turísticos estabelecidos pelo Médio Tejo. Designou-se este eixo de “experiência turística”. Por último, é necessário levar a cabo esforços ao nível da promoção (âmbito nacional e regional) e também fomentar o trabalho em rede dos artesãos envolvidos. A participação em feiras nacionais é necessária para divulgar os produtos criados, mas também na região se pretende marcar presença nos principais eventos dinamizados pelos municípios de Abrantes, Constância e Sardoal contribuindo desta forma não apenas para a promoção dos artesãos como, principalmente, para estimulo do trabalho em rede entre estes. Será também dinamizada uma iniciativa intermunicipal em torno dos espaços de arte e ofícios e núcleos museológicos, articulada com outros motivos de interesse turístico e cultural, que procurará transformá-los em palcos principais de aprendizagem e disseminação do saber-fazer e angariação de potenciais interessados em investir nas artes e ofícios do Ribatejo Interior.