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Projeto Portugal 2020

Projeto Estratégico de Apoio à Fileira do Vinho na Região Centro

Ficha de projeto

Nome

Projeto Estratégico de Apoio à Fileira do Vinho na Região Centro .

Valor de financiamento

2,9 milhões € .

Valor executado

2,54 milhões € .

Código de operação

CENTRO-04-3928-FEDER-000001 .

Data de conclusão

30.08.2019 .

Sumário

O projeto que aqui se apresenta pretende dar um contributo fundamental para a valorização económica de um importante recurso natural endógeno existente na Região Centro – o Vinho. Para tal, propõe-se desenvolver um conjunto estruturado e complementar de ações que visam, no seu essencial, atuar sobre os seguintes domínios de intervenção: 1. Viticultura e Enologia; 2. Certificação e Qualidade; 3. Promoção e Valorização dos Territórios Vinhateiros. Viticultura e Enologia Torna-se evidente a necessidade de articular as componentes de mercado (tipologias de vinhos, preferências dos diferentes tipos de consumidores, tendências, etc.) com a investigação e a inovação ao nível da viticultura e da enologia. É na verdade crucial que a viticultura e a enologia das DOP da Região Centro sejam capazes de se munir de ferramentas que lhes permitam ajustar-se às alterações climáticas sem perda de qualidade, que possam recuperar e manter a biodiversidade genética capaz de incorporar características ímpares no vinho, que o diferenciem face aos de outras regiões, que contribuam para a manutenção da paisagem rural e do ambiente e respondam a preocupações de saúde dos consumidores. Sem uma boa viticultura e uma boa enologia não é possível ter ambição de produzir bons vinhos. Em Portugal têm-se feito consideráveis progressos neste domínio, especialmente com base no trabalho desenvolvido pelas instituições do Sistema Científico e Tecnológico Nacional. Porém, a maior parte deste trabalho de investigação aplicada foi desenvolvido nas Regiões Demarcadas do Douro e do Alentejo. Como na generalidade das estruturas de investigação e experimentação do Ministério da Agricultura, também no Dão e na Bairrada se tem refletido o efeito do menor investimento na investigação e experimentação agrária realizado pelo Estado, nomeadamente ao nível da redução de recursos humanos, com efeitos diretos, por exemplo, nas atividades que se desenvolvem no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão (Nelas) e da Estação Vitivinícola da Bairrada (Anadia). Para renovar a ambição das regiões vitivinícolas da região Centro é necessário mudar o paradigma e apostar em inovação suportada em IED desenvolvida nas instituições de experimentação e de investigação, ligadas ao ensino, ao MAFDR e a outras existentes na região. Não obstante, e apesar destes centros terem vindo a dar resposta em diversas áreas, reconhece-se o enorme potencial para multiplicar a sua intervenção no sector desde que sejam anulados os constrangimentos, dado que possuem um importante património vitícola e de estudo, que são imprescindíveis para um programa de investigação/experimentação mais abrangente. Por seu lado, as tecnologias enológicas estão hoje altamente globalizadas e acessíveis às empresas que as quiserem adquirir, em função dos perfis de vinhos que pretendem colocar no mercado. Há, porém, muitas questões a resolver. Quer de natureza coletiva de aprofundamento das tipologias de vinhos de cada região, quer, especialmente, de adaptações de tecnologias às necessidades específicas das empresas. É neste enquadramento e tendo em conta as competências de I&D nos domínios da vitivinicultura, existentes em várias instituições da região, que no quadro deste projeto e desta domínio em particular, é proposta a operacionalização de uma rede de entidades ligadas ao setor, designada de Rede para o Estudo do comportamento das Castas e Experimentação Vitivinícola da Região Centro, que, concertadamente, mas de forma diferenciada, possa contribuir para a caracterização do comportamento de diferentes castas e para a experimentação/investigação vitivinícola na Região. Ainda no âmbito deste domínio, é proposto a criação de uma outra rede, no caso a Rede para a Inovação e Sustentabilidade do Vinho Espumante – RISE, a qual apresenta como principais objetivos colaborar para a caracterização dos mostos provenientes de diferentes áreas de produção da Região da Bairrada e avaliar a forma como a extração destes pode influenciar a qualidade do produto final. Certificação e Qualidade Apesar de todas as entidades certificadoras preencherem os requisitos legais para continuarem a merecer a confiança da entidade delegante desse poder (o Estado), elas próprias enveredarem por estratégias de exigência acrescida, sendo acreditadas no quadro de Diretivas Comunitárias e Internacionais. A situação não é, porém, uniforme, entre elas. Todas têm obrigatoriamente Câmaras de Provadores para assegurar a análise sensorial, mas apenas algumas dispõem de laboratórios acreditados. Neste plano será importante dar resposta a duas realidades: i) melhorar as condições de funcionamento das Câmaras de Provadores, por forma a criar condições para uma avaliação mais rigorosa dos vinhos candidatos à certificação; e ii) apetrechar os laboratórios existentes nas CVR (que já têm laboratórios) com meios que lhes permitam uma melhoria da qualidade do serviço que prestam aos Agentes Económicos da fileira do vinho enquanto entidades certificadoras. Promoção e Valorização dos Territórios Vinhateiros O domínio da Promoção e da Valorização dos Territórios Vinhateiros da Região Centro assume relevância fundamental no âmbito do presente projeto. A vertente promocional surge como o principal elemento de diferenciação de produtos num mercado de vinhos cada vez mais competitivo, adquirindo principal importância devido ao “monopólio” estabelecido no mercado nacional pelas regiões do Alentejo, Vinhos Verdes, Porto e Douro. Apesar de existirem evoluções positivas em todas as Regiões Vitivinícolas do Centro, esta ainda fica bastante aquém do progresso visível na componente internacional (exportações, prémios internacionais, etc.) Neste sentido, a exposição dos Vinhos da Região Centro insta-se como necessária face à pequena ou média dimensão das DOP’s e IGP’s da Região Centro, cujos recursos limitados não asseguram um fluxo contínuo de investimentos em Comunicação e Marketing que lhes permita ganhar maior notoriedade (Top of Mind Thinking) e quota de mercado, sendo este o principal objetivo deste domínio. Outra importante linha de ação estratégica, na vertente promocional, será a Valorização do Território enquanto regiões vinhateiras, tirando partido do seu produto e capacidade natural de atrair turistas e dinamizar a atividade económica local. Neste vetor, o programa terá como foco apoiar e desenvolver o Enoturismo nas Regiões Demarcadas da Região, assim como um conjunto de ações de promoção territorial através do vinho. Por fim, a terceira linha de ação estratégica incidirá sobre o desenvolvimento de Planos Estratégicos e Programas de Marketing para a Região, procurando-se desta forma pensar o sector a longo prazo.

Distribuição geográfica do financiamento

2,9 milhões €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por sub-região

8 sub-regiões financiadas .

  • Beira Baixa 362,57 mil € ,
  • Beiras e Serra da Estrela 362,57 mil € ,
  • Médio Tejo 362,57 mil € ,
  • Oeste 362,57 mil € ,
  • Região de Aveiro 362,57 mil € ,
Fonte AD&C, GPP
29.02.2024