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Projeto Portugal 2020

Intervenção de Conservação, Restauro e Valorização da Casa de Fresco e da Ermida de São Miguel do Castelo integradas no Páteo de São Miguel, em Évora

Ficha de projeto

Nome

Intervenção de Conservação, Restauro e Valorização da Casa de Fresco e da Ermida de São Miguel do Castelo integradas no Páteo de São Miguel, em Évora .

Valor de financiamento

312,64 mil € .

Valor executado

312,64 mil € .

Código de operação

ALT20-08-2114-FEDER-000196 .

Data de conclusão

31.12.2022 .

Sumário

Localizado na zona do antigo Castelo de Évora, o Páteo de São Miguel é um palimpsesto de vários períodos históricos, com vestígios que atestam a presença humana desde a antiguidade clássica até à atualidade. Para além do pano de muralha romana que delimita o recinto a oriente, e igualmente classificado como Monumento Nacional, destaca-se o Paço de São Miguel, residência dos Reis de Portugal em Évora na Idade Média e sede dos Capitães-Mor da cidade, os Castro das Treze Arruela, nos séculos XV a XVII. O estatuto alcançado por esta família, agraciada com o título de Condes de Basto, é atestado pela nomeação de alguns dos seus membros para o cargo de Vice-Rei de Portugal, durante o período da Monarquia Dual. A sua ascensão económica, política e social coincidiu com um dos períodos áureos de Évora, marcado pela presença do Rei e da corte na cidade que, entretanto, se assumira como um importante foco cultural da Península Ibérica, chegando a ser considerada a segunda cidade do reino. As campanhas de obras de que o Paço de São Miguel foi objeto neste período, incluindo o notável programa pintura a fresco de temática profana que reveste os tetos dos seus salões nobres, tiveram como objetivo engrandecer e embelezar o edifício, para que pudesse refletir, na forma de habitar, a crescente riqueza patrimonial e prestígio político-social dos Castro, à semelhança do que fizeram outras famílias nobres da cidade através da construção dos respetivos palácios. Elementos essenciais à interpretação e leitura do Paço de São Miguel enquanto residência nobre do período "dourado" de Évora, e naturalmente, como expressão das vivências familiares, sociais e religiosas dessa época, são a Casa de Fresco do século XVI, localizada no jardim, e a Ermida ou Capela de São Miguel, de origem medieval. Embora integrados no Páteo de São Miguel, cujo espaço foi objeto de requalificação entre 2011 e 2012 no âmbito do Projeto Acrópole XXI (cofinanciado pelo Programa InAlentejo), estes dois elementos arquitetónicos não foram incluídos na campanha de obras de então. Esta circunstância, mas também o facto de, entretanto, se ter registado a evolução de patologias ao nível das artes decorativas integradas e na estrutura destes edifícios, afigura-se essencial proceder a intervenções de conservação e restauro com vista a assegurar a preservação deste património, fundamental para assegurar uma leitura completa dos modos de habitar, das vivências sociais, culturais e religiosas de um período singular da história da cidade de Évora, como foram os séculos XV a XVII.

Beneficiários do financiamento

Distribuição geográfica do financiamento

312,64 mil €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

1 concelho financiado .

  • Évora 312,64 mil € ,
Fonte AD&C, GPP
31.07.2024