Projeto Portugal 2020

Código de operação Código que identifica cada projeto efetuado com recurso a fundos europeus.

Data de conclusão

Sumário

A Feira Medieval de Avis tem vindo a afirmar-se como um evento estratégico na programação e actuação sócio-cultural do Município de Avis. A ligação de Avis à Ordem de São Bento de Avis e à Dinastia Joanina ou Dinastia de Avis fazem deste evento uma marca consolidada e com peso crescente, no panorama cultural e turístico da Região. O Município de Avis tendo presente os seus principais recursos e potencialidades, em 2003 foi realizada, pela primeira vez a Feira Medieval de Avis. Esta primeira abordagem a esta tipologia de eventos constitui-se como uma experiência entre os serviços culturais e educativos municipais e a Escola, tendo envolvido de forma rudimentar as associações locais. Contudo, esta mesma experiência realizada em 2003 manifestou as suas potencialidades e a adesão de público e de instituições mostraram que era importante desenvolver o conceito. Ao longo dos anos a Feira Medieval de Avis foi-se afirmando localmente e em 2007, o Município decide que este evento necessitava de crescer e de se afirmar no plano regional. Assim, são envolvidos múltiplos agentes locais e é solicitada a colaboração de uma Companhia experiente na realização destes eventos, o Município realiza um conjunto de acções junto daqueles que se destacam nesta área e decide que a Feira Medieval de Avis não seria apenas um evento lúdico. Assim, associado ao cariz de entretenimento, associa o conhecimento e a cultura local bem como a actividade turística. Todos os anos, o Município edita um jornal "Noticias Medievais" com uma componente histórica ligada à temática da Feira. Assim, já foram editados quatro números dedicados, respectivamente, à Ordem de Avis (2012), Avis Medieval (2013), Os Mestres (2014), Os Papas e a Ordem (2015). A Feira Medieval de Avis tem como objectivo central promover o conhecimento e o reconhecimento da História e da Cultura Local, mas também do País, de um modo empreendedor e facilitador para a circulação de novos produtos, nomeadamente produtos culturais e turísticos. O cenário onde se realiza o evento é por si um elemento de enquadramento dos períodos históricos retratados em cada ano, tendo presente que a Ordem Militar de São Bento de Avis é o elemento estruturante das atividades desenvolvidas. O objetivo central promover o conhecimento e o reconhecimento da História e da Cultura Local, mas também do País, de um modo empreendedor e facilitador para a circulação de novos produtos, nomeadamente produtos culturais e turísticos. O conceito central da Feira tem-se mantido mas ao longo dos anos, fruto das experiências anteriores, temos realizado diversas inovações ao evento, sendo este já um marco na cena regional e nacional. Em 2015 participaram na realização deste evento cerca de 20 parceiros privados (restauração e bebidas; produtores locais); uma dezena de associações locais e mais de meia centena de artesãos; o que traduz o envolvimento da comunidade e o interesse de público externo (artesanato e mercadores) no evento. No ano passado, todos os estabelecimentos de alojamento do concelho ficaram lotados na data do evento e os estabelecimentos de concelhos limítrofes beneficiaram também com a realização do evento. O evento tem reduzido os seus custos financeiros devido ao envolvimento, no âmbito da programação, de associações locais, no entanto, o seu programa tem crescido em termos de programação cultural. Ainda assim, este evento tem um orçamento de cerca de 32 mil euros. A importância da divulgação do evento é crucial para o seu crescimento, nos últimos anos, devido a restrições orçamentais não foi possível efetuar publicidade nos meios televisivos, tendo-se optado pela participação em jornais regionais e pela distribuição de material de divulgação do evento junto de grandes superfícies comerciais e no âmbito de eventos promovidos na região. No entanto, esta é uma área que necessita de se afirmar pois, estamos convictos que é uma das debilidades que possuímos, pois apenas temos capacidade para investir cerca de 1700EUR. Em 2015, na 13ª edição, podemos afirmar que a Feira Medieval de Avis dá mais um "salto" na sua afirmação e polo dinamizador de proximidade tentando a primeira abordagem à sua internacionalização. Assim, o evento passa a denominar-se Feira Medieval Ibérica. Esta alteração de denominação deve-se ao facto de, em Portugal, não existir outra de cariz Ibérico e que envolva a participação de territórios afetos a duas Ordens Militares e que uma dela é uma Ordem Militar espanhola, Calatrava. Assim, em 2015 foram feitos os primeiros contactos com a Mancomunidad de Municipios del Campo de Calatrava no sentido destes dois territórios que possuem afinidades históricas que podem e devem ser valorizadas e partilhadas em prol do desenvolvimento dos territórios. No que concerne à proximidade a Ordem Militar de Avis esteve ligada à Ordem de Calatrava. Tal pode ser comprovado através de documentação histórico-iconográfica, quer pela filiação hierárquica a esta Ordem, quer pelos elementos iconográficos ainda presentes. Esta afirmação é confirmada pela cruz flordelisada (vermelha, no caso da Ordem de Calatrava, e verde, na de Avis), que chega até aos nossos dias através da arquitectura, da arte, da heráldica, da organização do traçado urbano, onde se fez sentir a presença destas Ordens, cujos elementos identitários tal como hábito, selos e hierarquia organizacional que foram transversais quer do lado espanhol, quer do lado português. Em 2016, as duas entidades - Município de Avis (Alentejo) e Mancomunidad del Campo de Calatrava (Castilla La Mancha) - irão firmar um acordo de colaboração que visa a realização de trabalhos conjuntos na área do Património, quer no seu estudo, preservação e divulgação, quer na dinamização de projectos conjuntos e no envolvimento dos agentes económicos destes territórios. Pretendemos assim, demonstrar as ligações que esta Ordem teve com o território vizinho e explorar as vantagens de cooperação transnacional. É nosso intuito promover o conhecimento e a valorização destas relações quer no âmbito cultural e de lazer, mas também de produção de novos conhecimentos sobre a matéria em questão contribuindo para a proximidade entre os povos.