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Projeto Portugal 2020

Reforço da capacitação e qualidade na prestação de cuidados de saúde primários no Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Ficha de projeto

Nome

Reforço da capacitação e qualidade na prestação de cuidados de saúde primários no Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. .

Valor de financiamento

838,72 mil € .

Valor executado

838,72 mil € .

Código de operação

ALT20-06-4842-FEDER-000002 .

Data de conclusão

29.03.2018 .

Sumário

A ARSLVT tem por missão garantir à população da respetiva área geográfica de intervenção o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde e fazer cumprir políticas e programas de saúde na sua área de intervenção. É constituída por serviços centrais e ainda por serviços desconcentrados designados por Agrupamentos de Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde (ACES). O ACES Lezíria é constituído por vários centros de saúde que agrupam um conjunto de unidades funcionais e têm como missão garantir a prestação de cuidados de saúde à população. Abrange os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém que, no seu conjunto, totalizam uma área geográfica de cerca de 3 500 kms2. Presta assistência a cerca de 200 000 utentes. Possui elevada dispersão geográfica, com 46 locais de prestação de cuidados de saúde primários, que integram 27 unidades funcionais - a Unidade de Saúde Pública (USP), a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP), 7 Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), 10 Unidades de Saúde Familiar (USF), O Serviço de Atendimento Permanente de Coruche (SAP) e 7 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP). De acordo com a Lei de Bases da Saúde, o sistema de saúde assenta nos Cuidados de Saúde Primários, (CSP) que são o núcleo do sistema de saúde e devem situar-se junto da comunidade. Os CSP são responsáveis pela prevenção da doença e pela promoção da saúde (ensino para a saúde, influência na adoção de estilos de vida e comportamentos saudáveis), junto dos indivíduos, famílias e comunidades. Através da presente operação pretendem-se reforçar dois eixos de intervenção. No 1º eixo de intervenção, pretende-se melhorar os cuidados de saúde prestados aos utentes, mediante o reforço da proximidade e a melhoria da resposta integrada e inovadora às necessidades e características da população. No 2º eixo, pretende-se melhorar o desempenho e qualidade, através da implementação de soluções integradas para a modernização e desenvolvimento, alargamento nos serviços de proximidade prestados. A operação é baseada em boas práticas nacionais e internacionais. A luta contra a tuberculose requer uma aproximação centrada nas pessoas o que significa que se deve ver o doente de tuberculose como uma pessoa que necessita de cuidados e suporte. A infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) e a ocorrência de resistência da Mycobacterium tuberculosis aos antibióticos usados no tratamento da doença têm sido os principais entraves ao controlo da tuberculose e devem ser encarados com preocupação e determinação.O rastreio nos grupos de saúde pública é de uma importância vital no controlo e monitorização das patologias, sendo que o rastreio, para além da tuberculose, permite detetar um vasto leque de patologias pulmonares, nomeadamente neoplasias e outras doenças do interstício pulmonar. Deste modo será fundamental que a sua realização seja efetuada numa unidade móvel de saúde, tornando, desta forma, o processo mais eficiente e que abranja um número significativo de utentes, e que possibilite responder prontamente a surtos que possam ocorrer. Ao rastreio da tuberculose e de doenças pulmonares, seria ainda associada uma solução de telemedicina, com vista a uma melhoria significativa do serviço prestado aos utentes, principalmente nos grupos com patologia na área da saúde pública, permitindo o acesso rápido ao conhecimento médico partilhado, através das tecnologias de informação e comunicação, independentemente da localização do utente. Quanto à melhoria da resposta à população diabética, é objetivo implementar um Programa de Rastreio da Retinopatia Diabética, que é ainda a principal causa de cegueira evitável na população entre os 20 e os 64 anos em Portugal. Através da realização anual de retinografia, método internacionalmente reconhecido como sensível, específico, não-invasivo, de elevada aceitabilidade, rápido, económico, é possível evitar que se percam cerca de um terço dos anos de visão que, em média, são perdidos quando esta complicação permanece não diagnosticada e não tratada. Assim, o objetivo geral deste rastreio é reduzir o risco de perda visual dos Diabéticos da Lezíria através da realização periódica de retinografia e encaminhamento para tratamento hospitalar, se adequado. A operação candidata visa igualmente o reforço da cadeia de sobrevivência nos CSP, através da capacitação das unidades de saúde da Lezíria, por forma a proporcionar aos utentes as melhores práticas atuais no âmbito da reanimação, elevando o nível dos cuidados de saúde prestados. Assim, e no âmbito da resposta ao doente vítima de paragem cardiorrespiratória (PCR), pretende-se equipar com desfribilhadores automáticos externos (DAE) os edifícios nos quais são prestados cuidados de saúde primários, tendo em conta que a desfibrilhação precoce, é uma etapa fundamental da reanimação. Aliás, em Outubro de 2015 este aspeto foi enfatizado pelo Conselho Europeu de Ressuscitação, que reconheceu o papel da comunidade na resposta ao doente vítima de PCR. Pretende-se igualmente melhorar a resposta prestada no âmbito das Unidades de Cuidados na Comunidade, que prestam cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e comunitário, em particular a pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira acompanhamento próximo, pelo que é proposto dotar o ACES com seis novas viaturas, devidamente equipadas para a prestação de cuidados. Constitui igualmente desiderato a melhoria da gestão do atendimento num conjunto alargado de unidades de saúde, cuja implementação se insere numa política de melhoria do acesso, da qualidade assistencial e da humanização de cuidados e permite a otimização e a melhoria da qualidade dos cuidados prestados ao utente. A colocação de quiosques informáticos de acolhimento do utente nas unidades de cuidados de saúde permite introduzir melhorias substanciais no atendimento ao utente, através da disponibilização de alguns serviços, nomeadamente o registo de presença, orientação e organização do atendimento, marcação de consulta e exames e pagamentos de serviços, o que resulta numa melhoria do atendimento administrativo dos utentes, minimizando os tempos de espera, resolvendo a ordenação das filas de espera (prioridades e sequenciação) e obtendo indicadores estatísticos do atendimento, o que permite reforçar o relacionamento com o cidadão. Pretende-se também utilizar os monitores de chamada para a passagem de conteúdos de informação de saúde e de informação útil relacionados com o funcionamento da própria Unidade de Saúde, melhorar também os postos de atendimento administrativo e médico, mediante a implementação de uma solução de virtualização com um menor consumo energético e portanto mais amiga do ambiente e menos consumidora de espaço físico.

Distribuição geográfica do financiamento

838,72 mil €

Valor de financiamento

Onde foi aplicado o dinheiro

Por concelho

9 concelhos financiados .

  • Santarém 100,65 mil € ,
  • Almeirim 92,26 mil € ,
  • Alpiarça 92,26 mil € ,
  • Cartaxo 92,26 mil € ,
  • Chamusca 92,26 mil € ,
Fonte AD&C, GPP
31.10.2024