Projeto Portugal 2020

Código de operação Código que identifica cada projeto efetuado com recurso a fundos europeus.

Data de conclusão

Sumário

O seu pôrto foi um dos principaes do Algarve, formado pelo rio que corre ao Sul da povoação (…): nelle entravam embarcações até 8 mil arrobas, que saiam carregadas com os fructos do paiz, ficou obstruído com as areias do terramoto, e hoje apenas dá entrada a pequenas. (…) A Monografia de Alvor, Ataíde Oliveira Alvor, uma das três freguesias do concelho de Portimão, com uma área de 15.25 km2 e uma população de 6.154 pessoas, é uma vila costeira, piscatória e muito turística, localizada entre o Mediterrâneo e o Atlântico, onde a abundância e a variedade de peixe determinaram, desde épocas remotas, uma economia e sustento muito baseados na pesca. Esta comunidade piscatória é, na atualidade, particularmente marcada pelo marisqueio e pesca artesanal, atividades estas que definiram hábitos, vivências e um património cultural próprio. Embora muitos pescadores locais, ao longo do tempo, tenham tentado a sua sorte na pesca industrial, a bordo de galeões, traineiras, arrastos e até no bacalhau, a pesca artesanal representa um recurso sempre presente, em paralelo com aquela ou em situação de abandono para se dedicarem exclusivamente às artes locais, como as redes de emalhar, as murejonas, covos ou o aparelho de anzol, entre outros. A pesca artesanal tem na sua base uma forte dinâmica familiar de entreajuda, onde a aquisição de embarcação por exemplo, resulta de um investimento entre a família próxima (filhos, irmãos, cunhados, etc.) e, até há bem pouco tempo, a presença feminina era uma constante, sobretudo nos momentos de preparação de artes, como “desempatar” e “iscar” os aparelhos. À estrutura familiar desta pesca junta-se uma crença supersticiosa e religiosa bastante enraizada na identidade marítima, onde se conjuram pragas, se transmitem lendas e se alimenta a devoção a santos protetores como o Senhor Jesus de Alvor. Estes modos de vida encontram-se alicerçados em to