Projeto PRR

Sumário

A Carta Social existente no Município da Mealhada foi elaborada em 2015. Passados 8 anos da sua elaboração e as mudanças, já por si, expectáveis, não podemos descurar a pandemia COVID 19 e a Guerra na Ucrânia e as alterações sociais e económicas que provocaram, levando à completa desadequação da carta social atual. A prática profissional tem sentido o agravamento das condições de vida das pessoas e das famílias, especialmente as que se encontram em situação de vulnerabilidade, pobreza e exclusão social, sendo as instituições e os municípios cada vez mais procurados como centros de recursos chamados a dar resposta. Os desempregados de longa duração, os beneficiários do rendimento social de inserção e os "novos pobres", a população em idade ativa com baixo nível de escolaridade e de qualificação, as crianças e jovens em contexto de risco, as pessoas vítimas de violência doméstica, as pessoas com dependências, a comunidade migrante e as pessoas com mobilidade reduzida são alguns dos grupos-alvo que mais crescimento tem observado. Assim, reconhecendo-se as mudanças e as diferentes dinâmicas ocorridas no território, já por si impulsionadas pela Rede Social, bem como o papel de dinamização conferido ao Município no quadro atual de transferência de competências, ao nível da ação social, há necessidade de assegurar uma maior capacidade de intervenção nestes contextos. A Equipa do Radar Social dará, assim, um contributo decisivo, necessário e fulcral, para a construção, atualização e o enriquecimento do conhecimento sobre o território, através de um trabalho de parceria e de cooperação, de referenciação e de (re)conhecimento dos problemas de pobreza e exclusão social, em complementaridade com a Rede Social. É, pois objetivo do Município da Mealhada com a constituição da Equipa do Radar Social, tornar visível, as situações de vulnerabilidade, pobreza e exclusão social das populações e respetiva localização territorial, os parceiros de intervenção social e os respetivos serviços e respostas, capacitando, assim o território na ativação de respostas e otimização de recursos, levando a uma maior eficácia da ação das entidades locais, num movimento de intervenção social mobilizado, articulado e concertado entre todos os intervenientes, tendo em conta a igualdade de oportunidades e a não discriminação, a sustentabilidade de recursos, promovendo a coesão social no território.