Projeto PRR

Sumário

O Município de Celorico da Beira desde sempre se preocupou e realizou um serviço de atendimento, acompanhamento e encaminhamento de proximidade, muitas das vezes em contexto domiciliário, adotando uma estratégia consistente em torno dos seus munícipes, sendo o seu compromisso com estes, promover o seu bem-estar, a sua integração e inclusão, fatores que têm pautado a sua atuação. A identificação da pobreza, adquiriu uma nova importância, visível pela multiplicidade de políticas e de metodologias de intervenção inovadoras e que analisam o problema numa abordagem holística. Nessa linha de pensamento, o município reflete os agregados e as suas necessidades nas várias perspetivas, tais como económica, habitacional, educacional, profissional, etc. No âmbito da presente operação, pretende-se assim constituir uma equipa com conhecimento e experiência do território e das dinâmicas sociais, nomeadamente com grupos, famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade. Esta equipa será composta por dois recursos humanos das áreas de gestão e educação de infância, a tempo inteiro, e um recurso humano da área de contabilidade, afeto a 50%. O município de Celorico da Beira possui duas técnicas que pretende integrar neste programa, pelas suas competências e pelo conhecimento do território e da localização das pessoas com quem trabalham. Uma das técnicas possui uma pós-graduação em gestão, já colaborou numa IPSS e já foi técnica de um GIP, coordenado pelo IEFP, IP, ao longo de 10 anos. Enquanto técnica do município, há dois anos, colaborou na atualização do diagnóstico social, e implementou e acompanhou um programa que o município tem realizado, que visa o acompanhamento dos cuidadores informais, por se ter considerado, uma franja da população, sem qualquer proteção. Realizou ainda o levantamento das pessoas com deficiência e incapacidade do concelho, orientando os mesmos, para soluções que visam a integração formativa e laboral. Nesta resposta foram ainda disseminados programas que visam uma maior proteção social e qualidade de vida destas pessoas e por conseguinte dos seus familiares. A outra técnica é licenciada, nas ciências sociais, educação de infância, contudo é conhecedora do território e das fragilidades familiares, bem como da sua tipologia, uma vez que foi técnica da RLIS, de 2018 a 2020 e do SAAAS de 2021 a 2022, atualmente técnica do município, e continua a colaborar com o gabinete de ação social, auxiliando as famílias mais desfavorecidas, reencaminhando-as para soluções que visam o seu bem-estar. Tem a seu cargo a realização das diligências que promovem o bem-estar habitacional, identificando as carências existentes nesta área, e tem auxiliado os migrantes, dando conta das diligências administrativas necessárias para a regularização dos mesmos, e a encontrarem também eles habitação. Face ao exposto, serão as técnicas ideais, uma vez que se trata de um território de baixa densidade populacional, maioritariamente envelhecido, e cuja alteração de técnicos poderá colocar em causa a realização das ações, ou a confidencialidade. Reconhecemos que implementam e acompanham projetos e ações muito desafiantes, mas também muito enriquecedoras, através das quais puderam desenvolver competências, aplicando outras, obtidas através de experiências profissionais diversificadas e mais abrangentes, conseguindo dar resposta às questões, advindas das necessidades dos munícipes. Estas técnicas possuem o conhecimento necessário para a georreferenciação das pessoas e famílias com estas características. O conhecimento e a empatia que possuem com a população, maioritariamente idosa, ajudará no cumprimento das ações, e manifestamente ajudará a manter a continuidade do trabalho realizado de forma individualizado. Este conhecimento ajudou-nos a entender que a erradicação da pobreza não é trabalho só de alguns, mas que está ao alcance de todos e que todos têm um papel a desempenhar. Só trabalhando em rede, com o envolvimento dos parceiros, se conseguirá concretizar os objetivos, com maior eficácia e eficiência, criando uma cultura da solidariedade, da cidadania ativa e da transformação social. Para além das funções de coordenação do projeto e técnico superior será necessário o apoio por parte de um técnico na área da contabilidade para apoiar na execução do investimento, nomeadamente das remunerações, dos encargos gerais e da aquisição de bens. Adicionalmente, será este o técnico responsável pela articulação com a AG e submissão de despesas no âmbito do projeto. Esta oportunidade reveste-se de grande importância já que somos um concelho de interior pautado pelo crescente envelhecimento e despovoamento. Assim, ao conhecer de forma multidimensional a realidade concelhia, estar-se-á a traçar de forma criteriosa, integrada e sistematizada, os eixos e linhas orientadoras do desenvolvimento social sustentável do concelho de Celorico da Beira.