Projeto PRR

Sumário

Num contexto particularmente complexo e exigente é central a criação de mecanismos e estratégias que promovam a identificação das problemáticas e dos intervenientes do território. Sendo Arganil um concelho com uma área territorial muita extensa, uma baixa densidade populacional e um elevado índice de envelhecimento, o desenvolvimento de uma intervenção articulada e integrada torna-se essencial. Concretizar este projeto no nosso território, a partir das necessidades que temos e dos recursos que temos disponíveis, torna-se essencial para que no concelho de Arganil - os cidadãos, os profissionais e as instituições – concebam o Bem-Estar de Todos como um processo que implica a Co- Responsabilidade e a Colaboração. Não obstante a importância da qualidade e diversidade das medidas e programas existentes, a resolução dos problemas também deverá passar pela racionalização das respostas existentes localmente e pela articulação das diferentes formas de intervenção social em cada território. Contrariando uma perspetiva concorrencial que muitas vezes alimenta uma lógica territorial que prejudica a intervenção, é essencial reforçar o papel da Rede Social enquanto órgão agregador e aglutinador que face ao surgimento de novos problemas será capaz de construir as respostas inovadoras que os permitam resolver. É neste plano que se situa a intervenção do Programa Rede Social e é para reforçar essa intervenção assente no princípio que é no local que os problemas acontecem e é nele que deverão ser encontradas soluções para os resolver de forma integrada e ajustada, que o projeto Radar Social será desenvolvido. Com a atividade desenvolvida através da implementação do Radar Social, designadamente, na atualização dos instrumentos de planeamento concelhios e no desenvolvimento das atividades previstas será possível reforçar um modelo colaborativo de governação integrada, onde instituições públicas e privadas cooperam e partilham recursos para, de uma forma mais eficaz e eficiente, dar resposta a problemáticas sociais complexas e multidimensionais. Através do Radar Social será possível construir um sistema de informação que permitirá colocar no “radar” todas e todos de modo a detetar situações de risco e agilizar uma resposta adequada a cada situação que permita que a comunidade e as instituições atuem de forma integrada para contribuir para o bem-estar e melhor qualidade de vida da população que se encontra numa situação de exclusão e/ou vulnerabilidade. Desta forma facilita-se que sejam identificadas precocemente situações de risco, planeando de forma sustentada a intervenção, as respostas a acionar em função dos perfis de cada pessoa, dos seus contextos de vida e dos recursos disponíveis na comunidade. Uma das prioridades do Projeto Radar Social será que possamos não apenas sinalizar problemas que possam existir e intervirmos, mas fundamentalmente conhecermos bem o território e podermos garantir a cada uma das pessoas a certeza de que há uma rede de serviços e instituições a apoiar e trabalhar tendo em conta o princípio da subsidiariedade. Centralizando numa plataforma toda a informação sobre a população e sobre os recursos locais e regionais será possível ativar um mecanismo de parcerias absolutamente essencial para que nenhuma situação não seja [re]conhecida e acompanhada de forma adequada. Será com certeza um processo evolutivo numa perspetiva de aprendizagem e melhoria on going, que se reflete na melhoria da qualidade dos dados e da informação existente e que precisa do envolvimento e participação de todos para alcançar todos os objetivos acima elencados. A equipa Radar Social que nos propomos criar, tendo em conta que somos um Concelho com uma população residente inferior a 25.000 habitantes, será composta por dois técnicos superiores a contratar, com formação académica nas áreas da Psicologia e Serviço Social, um dos quais assumirá as funções de coordenação do projeto. Esta equipa, que exercerá funções em regime de exclusividade, será complementada pela participação de mais um técnico superior, pertencente ao quadro de pessoal da autarquia, e que exerce funções no âmbito da Rede Social. Considera-se que a integração a tempo parcial deste técnico (45%) e o seu conhecimento profundo da Rede Social será uma mais valia para o projeto, desde logo porque será na Rede Social e nas suas estruturas operacionais que a equipa do Radar Social desenvolverá a sua atividade.