Projeto PRR

Sumário

A presente operação consiste na criação de uma equipa local multidisciplinar, para implementar um sistema de georreferenciação social dos agregados familiares em situação de vulnerabilidade social e/ou isolamento social e/ou geográfico e respetivos elementos que o compõem, bem como atualizar os instrumentos de planeamento da Rede Social, nomeadamente o Diagnóstico Social e respetivo Plano de Desenvolvimento Social. À semelhança do quem tem acontecido com o Diagnóstico Social 2015 e PDS em vigor, anualmente é elaborado o Plano de Ação da Rede Social e a sua avaliação é efetuado no ano seguinte à sua implementação. Sendo Góis um concelho que se caracteriza pelo envelhecimento da população, por um forte isolamento geográfico, marcado por uma geografia própria muito acidentada e por uma dimensão essencialmente micro-regional e local, a vida social e económica do Concelho de Góis cruza-se com a forma de implantação e desenvolvimento dos aglomerados tradicionais existentes, apresentando o território formas de povoamento disperso, como o atestam as 190 povoações existentes distribuídas pelas suas 4 Freguesias: Alvares, União de Freguesias do Cadafaz e Colmeal, Góis e Vila Nova do Ceira, a georreferenciação social ao nível municipal considera-se fundamental, no sentido de nos fornecer informação e identificação da população residente, pertinente do ponto de vista da intervenção social. Atendendo a que o Diagnóstico Social 2015, encontrava-se alinhado com a Estratégia Europa 2020 e findo este quadro comunitário, esta Candidatura apresenta-se como uma mais valia para efetuar uma revisão/atualização aos documentos em vigência. Importa “ver a realidade e interpretá-la”, conhecer e compreender os problemas e necessidades, as suas causas e a evolução, identificar as vulnerabilidades, as ameaças, oportunidades e potencialidades, recursos e meios disponíveis, com vista ao estabelecimento de prioridades e estratégias de intervenção. O objetivo geral da presente candidatura é realizar a atualização do Diagnóstico Social e do Plano de Desenvolvimento Social existentes e implementar um sistema de georreferenciação social municipal, traçando um panorama do contexto social concelhio, procurando identificar os recursos, as áreas de maior vulnerabilidade, bem como as causas dos problemas, situando-os nos vários contextos sócio económicos, local, regional e nacional e assim planear a intervenção para o desenvolvimento social, em articulação com a Rede Social e vários parceiros locais. Com a atualização destes instrumentos e respetiva georreferenciação da população, dos recursos e respostas, anualmente será elaborado o Plano de Ação e efetuada a avaliação do ano transato por parte do Conselho Local de Ação Social. No que concerne à georreferenciação da população, esta constitui-se uma mais valia face ao facto da população estar referenciada e sinalizada. O Concelho de Góis ao se constituir como um concelho desperto e envelhecido, é crucial a georreferenciação da população para numa situação de calamidade (acidente ou catástrofe) se proceder à evacuação da população, simplificando este processo de evacuação da população e instalação da ZCAP – zona de concentração e de apoio à população através do alojamento temporário de emergência com a valência do apoio psicossocial essencial para proporcionar ao cidadão individual e às suas famílias um local seguro para permanecerem em condições de segurança e onde sema garantidas as necessidades básicas à população. Conhecer a população residente permitirá ainda a análise de programas e projetos prioritários para o território, tendo sempre por base as necessidades sentidas pela população a par dos recursos existentes na comunidade. Considera-se ainda fundamental a atualização do Diagnóstico Social e do Plano de Desenvolvimento Social, enquadrado nos desígnios do Portugal 2030, de modo a servir de suporte à emissão de pareceres sobre candidaturas a programas nacionais, europeus ou comunitários ou emissão de pareceres sobre a criação de serviços e equipamentos sociais, tendo em vista a cobertura equitativa e adequada no concelho, assim como o impacto das respostas em matéria de igualdade de género, designadamente na conciliação da vida familiar e da vida profissional.