Projeto PRR

Sumário

Verifica-se que o conjunto edificado se encontra inadequado ao uso, apresentando debilidades físicas que se refletem em várias patologias que prejudicam um correto funcionamento e materiais e soluções que esgotaram o tempo previsto de bom desempenho e carecem por isso de substituição. As anomalias detetadas resultam disso mesmo, do tempo e uso intenso, e às mesmas não são alheias também algumas intervenções pontuais que foram feitas ao longo do tempo, mas que a maioria das vezes acabaram por não surtir qualquer efeito, contribuindo isso sim para a criação de dissonâncias e para a descaracterização do edificado. Em sequência deste processo natural de degradação e obsolescência, atualmente a ESA não garante aos seus utilizadores as melhores condições pedagógicas e de aprendizagem, conforto e nem mesmo de segurança. Dadas as grandes limitações em termos de acessibilidades não é um estabelecimento escolar cujas valências possam, na sua generalidade, ser utilizadas por todos os cidadãos de forma universal independentemente do seu género ou condição. As principais debilidades detetadas, que se encontram bem detalhadas na memória descritiva do projeto de arquitetura que enviamos em anexo, e que são transversais a todos os blocos, referem-se à falta de acessibilidade universal, inexistência de isolamento térmico, deficiente desempenho energético, falta de uniformidade nas soluções construtivas adotadas para cada bloco, existência de infiltrações e condensações, deficientes condições de ventilação e aquecimento, deficiente e obsoleta cobertura de instalações sanitárias, coexistência no mesmo espaço de funções com usos incompatíveis, exiguidade de alguns espaços, fluxos e circuitos pouco claros ou não definidos tanto no interior como no exterior e tanto no que diz respeito à circulação pedonal como à circulação automóvel, que precisam urgentemente de ser compatibilizadas, para assim serem asseguradas as condições de segurança obrigatórias. Verificam-se ainda deficiências ao nível da rede de saneamento de águas residuais e de drenagem de águas pluviais. Para fazer face às patologias atrás identificadas, propõe-se no âmbito da presente operação uma intervenção transversal a todo o edificado e que incidirá também sobre os espaços exteriores. A intervenção permitirá dotar a Escola Secundária de Arganil de espaços físicos alinhados com os objetivos da transição verde e digital, que salvaguardem as necessidades específicas de pessoas com mobilidade condicionada, e sejam sustentáveis.