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Project Portugal 2020

SISTEMA DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS DE SÃO MIGUEL DO MATO

Project sheet

Name

SISTEMA DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS DE SÃO MIGUEL DO MATO .

Funding amount

709,25 thousand € .

Value executed

698,31 thousand € .

Operation code

POSEUR-03-2012-FC-000473 .

Conclusion date

30.09.2021 .

Summary

O projeto relativo ao Sistema de águas residuais urbanas de São Miguel do Mato visa dotar esta freguesia de sistema de águas residuais urbanas, designadamente nos locais onde, técnica e economicamente, a cobertura da rede possa ser assegurada. As localidades que serão dotadas de rede são Vila Pouca, Rabaçal, Moçâmedes, uma pequena parte de Carvalhal do Estanho, Roda, Burgetas e Adsinjo. Para cumprimento dos objetivos propõe-se a construção de cerca de 10.007 metros de coletores gravíticos, 235 metros de condutas elevatórias, 2 estações elevatórias e uma estação de tratamento de águas residuais. //COLETORES No dimensionamento hidráulico do sistema de drenagem, a determinação das inclinações e diâmetros dos coletores foi efetuado, de forma assegurar a capacidade de autolimpeza do sistema e evitar, a deposição dos sólidos em suspensão. A limitação da altura de escoamento e velocidade de escoamento deve-se à necessidade de ventilação e controlo de septicidade nos coletores para evitar o desgaste das tubagens e caixas de visita, sendo que o Decreto Regulamentar 23/95 artigo 133.º prevê que nos coletores domésticos, a velocidade de escoamento para o caudal de ponta no início de exploração deverá ser superior a 0,6 m/s e para o caudal de ponta no horizonte de projeto não deverá exceder 3m/s. Caso estes limites não sejam viáveis, como é o caso dos coletores de cabeceira, deverão ser estabelecidos declives que, para o caudal de secção cheia, verifiquem os valores limites. Para além disto, a altura da lâmina líquida nos coletores a verificar não deve ser superior a 0,5 da altura total para D = 500mm e 0,75 para D> 500mm, sendo D o diâmetro nominal. Relativamente à inclinação dos coletores, em geral, esta deverá ser 0,5%, de modo a garantir um assentamento adequado, condições de auto limpeza e preservação das condutas. A rede tem um regime de escoamento variável, visto que o sistema não é solicitado permanentemente ao longo do tempo, variando o seu caudal, altura de escoamento e velocidade de escoamento. // ESTAÇÕES E CONDUTAS ELEVATÓRIAS Conforme referido anteriormente, devido à topografia do terreno são necessárias 2 Estações Elevatórias e respetivas condutas em pressão que irão encaminhar as águas residuais até um ponto a partir do qual o escoamento continuará de modo gravítico. EEAR1 – Rua Paço: elevará o efluente proveniente de parte da localidade da Roda, do Largo de Sto. António e da própria rua do Paço, sendo elevado até ao coletor central, junto à capela da Quinta do Paço. EEAR2 – elevará o efluente proveniente de Vila Pouca e Rabaçal, até à Rua da Estação. Na escolha dos locais para construção das estações elevatórias teve-se em conta todos os aspetos mencionados no Decreto Regulamentar 23/95 artigo 74.º, ou seja, houve especial atenção na integração com o restante sistema de modo a minimizar os custos globais, nos condicionamentos hidrogeológicos, na distância da fonte da alimentação de energia elétrica, na localização de uma possível descarga de emergência e nos efeitos de propagação de ruídos e vibrações. A geometria da estação foi concebida para ser funcional, tendo capacidade para alojar no seu interior todos os acessórios necessários (grupos eletrobomba, tubagens, válvulas, etc...) e permitir operações de manutenção e controlo com algum conforto e segurança. Colocaram-se acessos, ventilação e espaço de manobra para um indivíduo, tendo sempre a preocupação em manter a obra económica e viável. As dimensões da estação elevatória foram adotadas tendo em conta o caudal afluente e as necessidades do sistema, e podem ser visualizadas nas peças desenhadas. As tubagens da conduta elevatória deverão ter um diâmetro não inferior a 100 mm por forma a cumprir o disposto no artigo 175º do DL 2395, deste modo, dadas as características do projeto optou-se por tubagem com 110 mm de diâmetro e uma inclinação mínima de 0,5% assegurando um bom escoamento e evitando entupimentos pela massa líquida. // ETAR Tendo em consideração as características da população, do local e a natureza do afluente a tratar optou-se por um tratamento preliminar para remoção de sólidos grosseiros flutuantes e em suspensão seguido de tratamento primário efetuado numa fossa tricompartimentada. O fluído sobrenadante será conduzido para uma lagoa de macrófitas onde sofrerá tratamento secundário. O efluente é posteriormente lançado no meio recetor, respeitando os parâmetros de qualidade exigíveis na lei. - Tratamento preliminar Este tratamento será assegurado através de uma grelha mecânica em aço inox AISI304, com malha de 15 mm, que inclui um cesto de recolha de resíduos em aço inoxAISI304, sendo o canal de recurso dotado de grelha de limpeza manual, em aço inox AISI 304, com espaçamento entre barras de 30 mm. A medição do caudal de entrada será feita através de um canal parshall, com sensor ultrassónico. A obra de entrada será dotado de caixa de derivação para, através de comportas escoar o efluente via bypass. - Tratamento primário Na fossa séptica o efluente residual é submetido a um tratamento físico e biológico anaeróbio. A ação física diz respeito à sedimentação e retenção dos sólidos de maior dimensão formando as lamas e acumulando-se na parte inferior da fossa, e à flotação das matérias mais leves (óleos e gorduras) formando escumas que flutuam na parte superior da fossa. Por outro lado, a ação biológica que abrange tanto as lamas como as escumas superficiais, envolve a degradação da matéria orgânica, por ação dos microrganismos com redução do volume de lamas e consequente libertação de gases. - Tratamento secundário As lagoas de macrófitas funcionam como órgãos complementares de tratamento de fossas sépticas onde o fluido sobrenadante proveniente da fossa séptica passa através de um meio poroso e das raízes das macrófitas, em fluxo horizontal, ocorrendo um fenómeno de filtração com remoção de CBO5, SST e nutrientes (azoto e fósforo). Nesta unidade de tratamento ocorre também uma forte redução dos microrganismos patogénicos. A lagoa de macrófitas será um tanque estanque com fundo horizontal e 1,20 m de profundidade. O enchimento da lagoa é composto por duas camadas de gravilha de 20cm de altura que suporta uma camada de areão uniforme e terra vegetal, na qual se plantam espécies vegetais arbustivas ou herbáceas. O efluente da fossa séptica é admitido num dos topos da lagoa, através de um dispositivo que permite a sua distribuição regular pela lagoa. As águas provenientes do sistema de tratamento deverão ser encaminhadas através de um emissário final até à ribeira, sendo objeto de medição, através de canal parshall dotado de sensor ultrassónico. Os materiais a utilizar obedecerão a todas as normas, especificações e regulamentos em vigor à data da execução dos trabalhos.

Geographic distribution of financing

709,25 thousand €

Funding amount

Where was the money spent

By county

1 county financed .

  • Vouzela 709,25 thousand € ,
Source AD&C, GPP
30.04.2024