Project Portugal 2020

Operation code Code that identifies each project carried out using European funding.

Conclusion date

Summary

A rede de percursos pedonais e cicláveis a criar permitirá ligar as principais zonas da cidade a par de uma qualificação genérica dos espaços de circulação pedonal de modo a torná-los mais atrativos e seguros, visto que acompanham todo o circuito ciclável determinado. No sentido acomodar uma rede ciclável que promova a circulação suave e a articulação entre os diferentes espaços da cidade (avenidas principais, equipamentos públicos, bairros periféricos, estruturas verdes e de lazer, zona industrial) será necessário proceder ao reperfilamento de vias e passeios. Dentro desta perspetiva, considera-se que as artérias mencionadas nos parágrafos anteriores representam elementos estruturantes para o desenvolvimento da rede ciclável e da circulação pedonal, sendo por isso o objeto da presente operação. Para além destas, a rede de percursos pedonais e cicláveis irá, após completa operacionalização, ligar-se com outros dois percursos cicláveis implantados na cidade numa lógica de rede, um dos quais já desenvolvido na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro e que termina na Avenida Pinheiro Manso e o outro ao longo da Ribeira da Levandeira, onde também está proposta uma criação de ciclovia, permitindo a ligação do centro da cidade com bairros residenciais, equipamentos importantes como a Central de Camionagem e o Pavilhão Multiusos e polos de atividade económica como a Zona Industrial de Valpaços. Este projeto pretende, ainda, criar novos hábitos de mobilidade dentro da cidade, bem como desenvolver estilos de vida saudáveis, dando, ainda, uma maior centralidade à problemática da preservação ecológica, da sustentabilidade ambiental e da promoção do espaço público como lugar de interação e de relações sociais, onde se deve “ancorar” as vivências urbanas e a dinamização socioeconómica. Com base no referido anteriormente, considera-se que este novo Percurso Ciclável e Pedonal terá um papel estruturante na ligação de pontos de pontos estratégicos da cidade e sua respetiva conexão por modos suaves, sendo que a sua consecução representará a criação de uma alternativa sustentável de transporte entre zonas eminentemente residenciais e as áreas de índole empresarial, industrial e comercial existentes. Para além do seu contributo enquanto fator diferenciador e elemento de atratividade dos centros urbanos, a adesão aos modos suaves tem um conjunto inerente de vantagens do ponto de vista ambiental, social e económico, sendo de destacar: : Maior eficiência dos sistemas de transportes: a bicicleta constitui um meio de transporte mais rápido, mais eficiente e ajustada para deslocações relativamente curtas. Neste âmbito, os modos suaves têm vantagem do ponto de vista do espaço utilizado e do custo de aquisição e manutenção, visto que apresentam um valor médio mais baixo e ocupam menos espaço de armazenagem e estacionamento; : Ganhos ambientais e energéticos: a diminuição no uso do automóvel e de outros transportes motorizados enquanto principal meio de transporte desempenha um papel estruturante na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e de partículas. Simultaneamente, a adesão aos modos suaves permite reduzir o nível de ruído ambiental e o consumo energético associado às deslocações quotidianas, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do ar e do ambiente urbano, originando melhorias significativas no bem-estar físico, social e psicológico da população residente; : Melhoria da saúde pública: a adesão aos modos suaves contribuiu ativamente para a mitigação do sedentarismo associado com as sociedades modernas, promovendo a adesão de um estilo de vida mais saudável e contribuindo para a redução de problemas respiratórios, para a redução do risco de doenças cardiovasculares, oncológicas e osteoarticulares; : Vantagens económicas: a utilização da bicicleta como alternativa à automóvel individual contribui para a diminuição dos consumos energéticos individuais e das despesas de saúde associadas aos problemas respiratórios. Esta diminuição dos gastos associados com a manutenção do automóvel traduz-se também em ganhos proporcionais no orçamento familiar. Adicionalmente, face às mais-valias decorrentes da implementação de uma operação desta natureza, diretamente focada do fomento da utilização dos modos suaves (mobilidade pedonal e ciclável), e ao reduzido volume de investimento previsto, o seu contributo mostra-se extremamente relevante para a redução do consumo energético no domínio da mobilidade urbana. Tendo em conta o referido e as características intrínsecas da operação, estima-se que esta irá beneficiar diretamente a totalidade da população da cidade de Valpaços no que toca à redução dos níveis de ruído e de emissões de gases poluentes que, segundo dados do INE relativos ao recenseamento da população de 2011, se contabilizavam em 3.699 habitantes , quase 22% da totalidade de residentes no concelho. Os novos paradigmas da mobilidade urbana implicam também uma preocupação constante com a acessibilidade da população residente, em particular junto dos grupos mais vulneráveis. O conceito de mobilidade e acessibilidade inclusiva implica, necessariamente, esforços para que todo o espaço público e as diferentes estruturas edificadas da cidade permitam cada vez mais o acesso a todos os cidadãos, reduzindo os obstáculos materiais, culturais e jurídicos que muitas vezes dificultam a sua fruição no sistema urbano. A acessibilidade, entendida como a facilidade de acesso de pessoas a bens ou equipamentos, representou uma das preocupações constantes e um dos conceitos centrais no planeamento, desenho e conceção da presente operação. Só assim será possível criar um ambiente urbano que reduza os efeitos dos territórios de baixa densidade e contribua para a mudança do paradigma da mobilidade para uma mais sustentável e enquadrada com as necessidades da população residente. Assim, com a presente operação, a Câmara Municipal pretende dotar a cidade de Valpaços de uma nova estrutura que promova a adesão aos modos suaves de uma forma segura, confortável e inclusiva, contribuindo para a eliminação de barreiras para utilizadores mais vulnerável e para o aumento da segurança da mobilidade pedonal e ciclável. O Percurso Ciclável e Pedonal será assim acessível a qualquer cidadão, indecentemente da sua idade, condição ou extrato social. Para além da maior segurança concedida ao peão através da redução de conflitos com a mobilidade automóvel, será também tida particular atenção ao acesso da população com mobilidade condicionada ao longo de todo o percurso, estando por isso prevista a requalificação e consequente melhoria do estado de conservação dos percursos pedonais ao longo de todo o percurso, em particular no acesso aos passeios e nos pontos de travessia dos arruamentos (passadeiras), algo que contribuirá significativamente para tornar o espaço público da cidade de Valpaços mais atrativo e seguro para a fruição da população residente.