Projeto Portugal 2020

Código de operação Código que identifica cada projeto efetuado com recurso a fundos europeus.

Data de conclusão

Sumário

O projeto River2Ocean visa desenvolver soluções socio-ecológicas e biotecnológicas para a valorização e promoção da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas aquáticos na região do Minho, numa abordagem integrativa desde as bacias hidrográficas aos ecossistemas marinhos. O projeto tem como promotor o Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Universidade do Minho, classificado com Muito Bom na última avaliação da FCT (2018). Conta ainda com a parceira do Centro para Sistemas de Microeletromecânica (CMEMS) da Universidade do Minho, classificado com Excelente na última avaliação da FCT (2018).O conhecimento científico e tecnológico produzido no CBMA e no CMEMS, e a capacidade instalada de avaliar a biodiversidade e os serviços dos ecossistemas aquáticos, bem como de criar e desenvolver ferramentas, produtos e processos inovadores com base biotecnológica e eletrónica, pretende responder aos desafios da sociedade em linha com a estratégia de especialização inteligente (EREI) da região norte de Portugal que identifica i) recursos do mar e a economia, ii) capital simbólico, tecnologias e serviços turísticos, e iii) sistemas agro-ambientais e alimentação, como domínios prioritários. Neste contexto, considera-se uma oportunidade o quadro das políticas da EREI propício à alavancagem da economia azul e verde na região através do reconhecimento do valor da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas aquáticos, com uma vantagem competitiva de desenvolvimento económico e tecnológico dos setores do turismo, da pesca e das indústrias com base biotecnológica, nomeadamente do setor agro-alimentar. O projeto River2Ocean engloba investigação que vai da escala laboratorial à escala dos ecossistemas naturais que sofrem impactos da intervenção humana decorrente dos sectores agro-alimentar, das pescas e do turismo. A biodiversidade aquática tem elevado valor social, económico, cultural e estético e é fundamental para manter a saúde dos ecossistemas. As atividades humanas dependem dos recursos aquáticos para fins recreativos, industriais e comerciais (por exemplo, agricultura, pesca e turismo). Apesar da reconhecida importância dos ecossistemas aquáticos, as atividades humanas são responsáveis pela sobre-exploração dos recursos, pela introdução e disseminação de espécies não indígenas, pela perda e fragmentação de habitat, e pelas alteraçães climáticas e poluição, que sozinhas ou em combinação já resultaram numa perda elevada da biodiversidade em ecossistemas dulçaquícolas, estuarinos e marinhos. Assim, avaliar o estado e as tendências da biodiversidade aquática e dos serviços dos ecossistemas é fundamental para o desenvolvimento de estratégias a serem utilizadas na sua exploração sustentável e conservação, bem como para implementar medidas de gestão para lidar com as principais ameaças. O desafio do projeto centra-se na necessidade de valorizar a biodiversidade, os ecossistemas e os recursos naturais da região e apontar soluções num quadro de alterações globais. Este desafio implica uma compreensão holística de problemas complexos a multi-escalas, para uma abordagem integrada das questões relativas aos recursos naturais, à dinâmica dos ecossistemas, às tendências da biodiversidade, ao clima, à água, à poluição e à conservação. Neste contexto, a investigação do CBMA promove a implementação de um novo paradigma sócio-económico. Um dos maiores desafios da sociedade atual visa atingir um equilíbrio sustentável entre as necessidades humanas e o ambiente que as suporta. A qualidade da vida humana depende, cada vez mais, do desenvolvimento de uma economia sustentável centrada em ecossistemas saudáveis, e em bioprocessos eficientes e em recursos renováveis. O projeto requer a intervenção de uma equipa multidisciplinar com expecialistas em Ecologia Aquática, Biologia da Conservação, Biologia Molecular, Biotecnologia e Micro-eletrónica garantindo o sucesso das atividades propostas no âmbito do projeto River2Ocean.