Projeto PRR

Sumário

Estima-se que em Portugal existam entre 230 mil a 240 mil pessoas cuidadas em situação de dependência. Os cuidadores informais são um dos fatores de sustentabilidade dos sistemas sociais e de saúde. A continuação do papel de cuidador é fundamental tendo em consideração os desafios no futuro demográfico de Portugal e os custos associados com os cuidados continuados. Numa sociedade cada vez mais envelhecida, é expetável um rápido aumento da proporção de cidadãos a alcançar uma idade com risco de desenvolver condições de comorbilidade múltipla que requerem todo o tipo de cuidados. A própria continuação dos cuidados informais é também, reconhecida como uma condição preferencial para as pessoas que recebem cuidados. A promoção de medidas de apoio e suporte ao cuidado informal, e de políticas orientadas para os cuidadores é potenciadora de uma abordagem com múltiplos benefícios para todos: a pessoa foco dos cuidados, os cuidadores e os sistemas públicos. Reconhecendo que a ausência de recursos e/ou sobrecarga da pessoa cuidadora informal podem comprometer a qualidade de vida, a continuidade da prestação dos cuidados e o papel de cuidador/a, bem como a qualidade de vida da pessoa que recebe os seus cuidados, permitir pausas, na função de cuidar, para que possa dedicar-se a qualquer outra atividade que constitua um benefício pessoal, ou mero descanso, revela-se fundamental. A aprovação do Estatuto do Cuidador Informal marcou uma etapa importante e veio criar expetativas sobre o reconhecimento do seu papel na sociedade e que os apoios necessários a esta função seriam amplificados e efetivamente postos em prática. Assim, projetos que visem contribuir para a resposta de suporte ao Cuidador Informal, contribuem para diminuir a situação de vulnerabilidade dos cuidadores/as informais e das pessoas cuidadas e paralelamente, permite o desenvolvimento de sinergias entre entidades de atuação local, designadamente nas áreas da Segurança Social, Saúde e do Emprego.